Cidadania

Formação para líderes comunitárias tem inscrições abertas

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria Nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), lançou o Projeto Defensoras Populares, voltado para mulheres em situação de vulnerabilidade que atuam como lideranças comunitárias. As inscrições ficarão abertas até 18 de janeiro.

O foco está na formação de mulheres em áreas dos direitos humanos, visando fortalecer trabalhos já existentes nessas comunidades e promover o acesso à justiça aos territórios.

“Nós sabemos que as mulheres, em especial as que residem nas periferias, além de serem comumente as chefes da família, também estão nos movimentos sociais lutando por melhores condições de vida numa sociedade que se estrutura a partir do patriarcado, racismo, capacitismo e de classe.”, declarou o coordenador de Cooperação Social da Fiocruz, Leonídio Santos.

O Projeto Defensoras Populares pretende alcançar dez estados em 2026, cinco no primeiro semestre do ano: São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte. E os demais no segundo semestre.

A inscrição é feita exclusivamente online e está disponível no edital, que pode ser acessado através do link. Para se inscrever, é necessário que a candidata:

. Se e identifique como mulher (cis ou trans);

. Seja maior de 18 anos;

. Resida no estado onde fará o curso;

. Tenha acesso à internet (mesmo que no celular) e um endereço de e-mail;

. Tenha disponibilidade para participar de encontros online e presenciais durante oito meses;

. Realize ações de multiplicação de conhecimento na comunidade;

. Tenha vivido situações de violência, ou more em territórios de vulnerabilidade social e/ou econômica, ou atue em movimentos sociais ou grupos culturais de sua comunidade.

Curso

O edital vai priorizar mulheres negras, indígenas, quilombolas, do campo, da periferia, mulheres trans e outras em situação de vulnerabilidade social. O resultado será divulgado em fevereiro do próximo ano, quando o curso terá início, e o programa oferece bolsa auxílio no valor de R$ 700 durante os oito meses de processo formativo.

Cada turma contará com mulheres que já atuam como lideranças em suas comunidades e que, ao longo da formação, serão capacitadas para atuar como multiplicadoras de direitos, identificando violações, orientando outras mulheres e aproximando suas comunidades dos mecanismos de justiça.

“Essas mulheres, sujeitas históricas e de direitos, precisam estar investidas de conhecimento e amparo para exercerem esses papéis tão fundamentais em suas comunidades e essa é a principal contribuição do projeto, do nosso ponto de vista”, completa Leonídio Santos.

Prêmio Innovare 2025

A edição piloto do projeto foi realizada esse ano no Ceará, em parceria com a Defensoria Pública do estado e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Cerca de 100 mulheres das regiões de Fortaleza, Sobral e Cariri foram certificadas como defensoras populares do estado.

A edição foi vencedora do Prêmio Innovare 2025, uma das distinções mais relevantes do sistema de justiça brasileiro, que reconhece práticas transformadoras e inovadoras.

“O projeto quer mostrar, na prática, que quando mulheres têm acesso ao conhecimento e ao Estado, a mudança acontece de verdade. Nosso compromisso é simples e poderoso: mulheres organizadas mudam realidades”, diz a secretária nacional de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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