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Precisa de atendimento de saúde mental? Saiba onde buscar ajuda na rede pública do DF

No Distrito Federal, quem enfrenta algum quadro de sofrimento psíquico pode buscar ajuda em uma rede integrada e articulada de serviços que vão da atenção básica ao tratamento especializado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde mental como um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo, que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a comunidade.

A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) foi instituída para oferecer cuidado integral a todos que apresentarem alguma forma de transtorno mental. Os serviços se destinam a pacientes de todas as idades e todos os níveis de gravidade, em situações de acompanhamento terapêutico ou mesmo crises psicóticas, com profissionais das mais diversas especialidades, preparados para atender várias ocasiões possíveis.

Casos leves

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são a porta de entrada preferencial para os serviços ofertados pela SES-DF, incluindo a atenção em saúde mental. Para casos de menor complexidade, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) pode acessar uma das 176 UBSs espalhadas por todo o DF. Cada UBS é responsável pela assistência a uma população definida, e você pode conferir aqui qual a sua UBS de referência.

Além de realizar o tratamento de ocorrências simples, a equipe de Saúde da Família (eSF) pode encaminhar os pacientes para os centros especializados – em ambientes ambulatoriais ou hospitalares –, conforme cada caso.

Unidades Básicas de Saúde (UBSs) são a porta de entrada preferencial para os serviços ofertados, incluindo a atenção em saúde mental. Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

Sofrimento mental intenso

A rede pública também conta com 18 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), serviços especializados destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental considerado moderado ou grave, incluindo aquele decorrente do uso de álcool e outras drogas, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial.

Os Caps funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para acolher o usuário. A assistência em saúde mental é realizada por equipes multiprofissionais que atuam sob a ótica interdisciplinar, compostas por psiquiatras, clínicos, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem e farmacêuticos, a depender da modalidade do centro – acesse aqui para encontrar o Caps mais próximo de você.

Rede pública também conta com 18 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), serviços destinados ao atendimento de pessoas com sofrimento mental. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Urgência e emergência

Há ainda atendimentos que demandam que o paciente seja levado rapidamente a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) ou hospital da rede. Até abril deste ano, mais de 14 mil guias de atendimento de emergência em saúde mental foram abertas na rede da SES-DF.

A urgência e emergência contemplam situações de tentativa iminente ou em curso de suicídio, agitação psicomotora intensa – quando o indivíduo apresenta movimentos involuntários e sem propósito –, risco de agressividade contra si mesmo ou terceiros, além de repercussões clínicas por incapacidade grave de autocuidado, como recusa alimentar, flutuação de consciência e confusão mental, dentre outros sintomas.

Caso os familiares ou amigos não consigam levar o paciente até um serviço médico de urgência e emergência, podem acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) por meio do número 192.

Após a alta hospitalar, os pacientes serão direcionados ao serviço mais adequado à continuidade do seu tratamento.

Serviços de referência

A SES-DF também conta com serviços de referência de saúde mental. O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), em Taguatinga, possui ala de pronto-socorro aberta 24 horas, de domingo a domingo, para casos de emergência e urgência, atendendo adultos. A necessidade de internação é avaliada pelo médico. A internação também depende de o paciente ter condições clínicas para permanecer na unidade. Quando há comorbidade, os pacientes são atendidos pela unidade de psiquiatria do Hospital de Base.

Para assistir crianças com até 11 anos, 11 meses e 29 dias em sofrimento mental moderado – que não precisem de cuidado diário –, foi instituído o Centro de Orientação Médico Psicopedagógico (Compp), situado na Asa Norte. O centro oferece atendimento ambulatorial, com equipe multidisciplinar das mais variadas especialidades. A unidade também realiza exames de eletroencefalograma e audiometria.

No cuidado a adolescentes entre 12 e 17 anos, 11 meses e 29 dias com sofrimento mental moderado, uso eventual de substâncias psicoativas ou que são vítimas de violência, está em operação o Adolescentro, na Asa Sul. O local oferece consultas individuais multidisciplinares e até 15 grupos terapêuticos, divididos de acordo com a situação do adolescente, com opções para ansiedade e depressão, déficit intelectual, transtornos alimentares, transtornos do espectro autista, diversidade e para vítimas de violência sexual.

Para acessar o Compp e o Adolescentro, é preciso que o paciente seja encaminhado por sua UBS de referência, via sistema de regulação da SES-DF.

Arte: Agência Saúde-DF
Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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