Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília
“É se sentindo forte que você vai ficando forte.” A frase é do sargento e o instrutor do projeto Lago Forte, Guilherme Castro. O programa oferece aulas gratuitas de jiu-jítsu e defesa pessoal e foi criado pelo 24º Batalhão da Polícia Militar (BPM) há sete anos para atender policiais e a comunidade da região do Lago Norte, Varjão, Taquari e Granja do Torto, em uma iniciativa que combina desenvolvimento físico e mental.
“Acho que todas as lutas contribuem para a saúde, e o jiu-jítsu trabalha muito essa parte psicológica. Às vezes a pessoa é tímida e, internamente, se acha fraca. Fazendo os exercícios, os movimentos, desenvolvendo a técnica e interagindo com as outras pessoas, ela vê que dá para se sentir forte; sentindo-se forte, você vai ficando confiante. Os alunos que praticam a arte marcial se sentem capazes de fazer outras coisas ー desde sair, com técnica, de debaixo de uma pessoa mais forte até resolver os problemas pessoais”, observou o professor.
O policial destaca que, além da preocupação com o treinamento dos policiais, na parte técnica e psicológica para o trabalho na rua, o programa cria um elo entre a polícia e a comunidade, levando integração e reconhecimento do trabalho feito no batalhão. Por meio do esporte, os militares buscam construir pontes com a comunidade, promovendo saúde, cidadania e segurança.
Superação
A aposentada Zilda Guimarães, de 72 anos, soube do projeto por uma amiga e pratica defesa pessoal no batalhão há cerca de três anos. Para ela, vai além de uma forma de manter a saúde física e mental, sendo um meio de preparo para qualquer situação que precise enfrentar.
“Eu percebi que me dava mais condicionamento físico, e o ambiente é muito divertido. O mestre é excelente, e os colegas também. É também uma forma de ter mais segurança quando caminho na rua e de contar com um bom condicionamento para, se acontecer alguma coisa, estar apta a me desenvolver fisicamente e até emocionalmente, sem aquele impacto de não saber o que fazer”, pontuou.
Já para a dona de casa Maria Nensinha, 54, o projeto a ajudou em pontos ainda mais sensíveis, devido a um trauma que ela carregava e que lhe gerava até uma aversão aos policiais. Após começar a frequentar o projeto, o cenário se transformou: hoje, faixa azul no jiu-jítsu pelo Lago Forte, ela ressalta a diferença que o espaço trouxe para a superação.
“Eu via os policiais como inimigos, tinha trauma. Quando cheguei aqui, fui muito bem-acolhida pelos professores e colegas. Hoje vejo eles de outra maneira, completamente diferente. Fiz amigos e me libertei. Na verdade, a luta me salvou. Tive um desenvolvimento geral, vejo as coisas mais tranquila e sou menos agressiva. Aprendo muito aqui, mesmo ainda tendo muito a evoluir. Tem muitas mulheres que também têm medo; convido sempre a vir para cá para perder o medo, que nem eu perdi o meu”, declara.
As aulas de jiu-jítsu são mistas, às 14h e às 18h, de segunda a quinta-feira. Na sexta-feira, ocorrem as aulas de defesa pessoal feminina (às 9h), e de jiu-jítsu (às 10h30). As inscrições no projeto podem ser feitas no próprio batalhão da polícia. É preciso ter, pelo menos, 14 anos de idade e preencher um formulário para participar. Atualmente as turmas do 24º BPM contam com 60 alunos.
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