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João Pinheiro recebe reforço do Corpo de Bombeiros com viaturas e militares no combate a incêndios em áreas rurais

Produtores rurais do Noroeste de Minas passam a contar com mais segurança contra incêndios. Uma nova base do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) em João Pinheiro vai atuar na proteção de lavouras, pecuária e florestas, reduzindo os riscos e prejuízos causados pelo fogo em ação em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa-MG).

“A implementação desta base representa a pronta-resposta aos incêndios em propriedades rurais. As ações realizadas pelas equipes da base operacional permitem a redução do tempo-resposta e aproximam o poder público do setor produtivo em um momento crítico do período de estiagem”, frisou o tenente Henrique Barcellos, porta-voz do CBMMG.

A base operacional também terá abrangência em parte dos municípios da região Norte como Buritizeiro, Três Marias, Pirapora, Várzea da Palma, entre outros. Ao todo, 32 militares irão se revezar até o final de outubro, tendo à disposição caminhonetes equipadas com kits de combate a incêndio florestal. As equipes também realizam a prevenção, conscientizando produtores rurais e comerciantes sobre os riscos e prejuízos causados pelo fogo.

A criação da sétima base é fruto de um mapeamento realizado pelo CBMMG, que analisou os focos de calor nos últimos cinco anos. O levantamento pondera os desafios de combate na região, considerando menor densidade demográfica e extensa área territorial.

Força do agro no Noroeste Mineiro

A região Noroeste de Minas Gerais desempenha um papel estratégico na economia do estado. O município de Paracatu se destaca com a maior área irrigada do país, com mais de 81 mil hectares, seguido por Unaí, com 77 mil hectares, o que consolida a região como modelo de eficiência agrícola e ambiental.

Entre as principais culturas irrigadas da região, a soja se sobressai, ocupando uma área plantada de 122 mil hectares e gera um valor de produção estimado em R$ 597 mil. Além da soja, outras culturas relevantes incluem o milho, o feijão, a cana-de-açúcar, entre outras. A atividade de florestas plantadas somente na região noroeste ocupa área de 187 mil hectares, dentre grandes empresas e produtores florestais de menor porte.

Impactos do fogo

Os incêndios na cobertura vegetal causam impactos severos em diversos tipos de cultivo. Na cana-de-açúcar, há queda de produtividade de até 30%, além de prejuízos na geração de energia e aumento nos custos com adubação. Lavouras perenes como o café são totalmente inviabilizadas, exigindo replantio.

Pastagens e forrageiras sofrem com a perda do pasto, exigindo retirada do rebanho e suplementação alimentar, além de danos ao solo. Florestas plantadas perdem a capacidade produtiva e de rebrota, também necessitando replantio. Já nas matas nativas e áreas de agroextrativismo, os prejuízos à fauna, flora e qualidade do ar comprometem a saúde humana e a produção sustentável.

“A união de esforços entre a corporação e a Seapa posiciona o Governo do Estado como agente catalisador de políticas públicas voltadas à gestão de riscos de desastres”, destacou a superintendente de Fomento Florestal da Seapa, Taiana Arriel.

A atuação integrada está alinhada ao Plano Estadual de Ação Climática de Minas Gerais (PLAC-MG), que tem como objetivo a neutralização das emissões de carbono no estado. As metas do Plano reforçam o compromisso com práticas sustentáveis e a preservação ambiental.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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