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Em 2018, Minas foi o Estado com mais mulheres mortas por feminicídio no Brasil

Os dados fazem parte do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em média, são três vítimas por semana no Estado

O Brasil apresentou queda no número de homicídios no ano passado, mesmo assim, os feminicídios, crimes nos quais as mulheres são mortas por violência de gênero ou por violência doméstica, continuam subindo. Em 2018, o crescimento foi de 4% no Brasil. Minas Gerais é quem mais pesa as estatísticas: 156 mulheres foram assassinadas por este motivo em solo mineiro.

Os dados fazem parte do 13º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira (10) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em média, são três vítimas por semana no Estado, o que representa quase 13% dos 1.206 feminicídios que aconteceram no País em 2018. Os números levam em conta estatísticas oficiais demandadas dos 26 estados e do Distrito Federal.

Comparando com 2017, o aumento de feminicídios em Minas foi de 3,4%, já que naquele ano 150 mulheres haviam sido assassinadas por violência de gênero no Estado. Os números levantados pelo Anuário mostram também que, comparativamente com os homicídios de mulheres, ou seja, com as mortes delas decorrentes de outros crimes, como latrocínios e sequestros e lesões corporais, os feminicídios chegaram a quase metade dos números (47,9%). É como se para cada 2 mulheres que são mortas em qualquer situação, houvesse uma assassinada dentro de casa ou por cônjuges e familiares, pelo fato de ser mulher.

Na última semana, o Hoje em Dia mostrou esta realidade violenta contra elas. Em dois dias, três mulheres foram assassinadas em Belo Horizonte. No bairro Santa Amélia, câmeras de segurança gravaram o momento em que suspeitos executaram Isabela Gentil Reis Costa da Silveira, de 20 anos, em frente ao trabalho dela, na sexta-feira (6). O namorado dela foi preso e confessou participação no crime. No sábado (7), houve outros duas mortes, nos bairros Jardim Atlântico e Jardim Alvorada.

Nacional

Após Minas Gerais, o segundo estado mais letal para as mulheres é São Paulo, com 117 feminicídios em 2018, o que dá mais peso aos números de Minas, já que a população paulista é maior que a mineira. Na sequência, aparecem Rio Grande do Sul (117), Bahia (75) e Pernambuco (74), encabeçando a lista. Amapá e Amazonas, com quatro registros cada, são os que registraram menos casos.

Por apresentar os números de 2017 e de 2018, o Anuário mostra também como foi a variação nos números dos crimes nos Estados, com realidades muito diferentes. Os dados mostram que, enquanto em Minas Gerais os feminicídios cresceram 3,4% (subiram de 150 para 156), em São Paulo o aumento foi de 12,5%.

Os estados que mais tiveram crescimento nos números de feminicídios foram Sergipe (163,9%), Amapá (145,2%) e Rondônia (100%). Já a Bahia, com queda de 75,4% foi o Estado que mais conseguiu reduzir as mortes de mulheres por gênero.

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br

Fonte: Hoje em Dia

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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