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Minas Gerais registrou mais de 20 mil casos de sífilis em 2022

Conforme dados levantados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Minas Gerais registrou 21.026 casos de sífilis adquirida em 2022. Esse é o maior número registrado desde 2010. Também no ano passado foram diagnosticados 6.064 casos em gestantes e outros 2.213 da sífilis congênita. Nesse cenário, é importante salientar a adoção de medidas de prevenção e tratamento para a doença no estado.
Como explica a coordenadora de IST, Aids e Hepatites Virais da SES-MG, Mayara Marques de Almeida, a sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum, e que requer atenção e cuidado, pois pode levar à morte. “A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação”, alerta Mayara.

Segundo a coordenadora, o aumento no número de casos da doença está, por um lado, associado à ampliação do diagnóstico por meio da testagem rápida e, por outro, à adesão relativamente baixa ao uso do preservativo nas relações sexuais. “O uso correto e regular da camisinha feminina e/ou masculina é a medida mais importante de prevenção da sífilis. A testagem e acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal também são fundamentais para o controle da sífilis congênita”, afirma.

A pessoa que teve alguma relação sexual desprotegida deve buscar atendimento em uma Unidade de Saúde para realizar o teste rápido. A procura também é indicada a pessoas que foram vítimas de violência sexual. Em caso de resultado positivo, o tratamento é iniciado. “Ele é altamente eficaz para a cura da doença. Em formas mais graves da doença, como no caso da sífilis terciária, se não houver o tratamento adequado, podem ocorrer complicações graves como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, capazes de levar à morte”, alerta.

Os sintomas variam de acordo com o estágio da infecção no organismo do indivíduo. Em sua primeira fase é caracterizada por uma úlcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus e boca). Já a fase secundária surge em média entre seis semanas e seis meses após a infecção. Nesse caso, podem ocorrer erupções cutâneas. A fase terciária manifesta-se na forma de inflamação e destruição tecidual. Nesse caso, é comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular. Especificamente para a gestante, a detecção precoce da sífilis é essencial para evitar a transmissão vertical e consequentes malformações no feto, complicações como nascimento prematuro, baixo peso ao nascer, pneumonia, anemia e até acometimento cerebral.

Pré-natal

O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal constitui outra estratégia essencial para a prevenção da sífilis congênita. Em caso de resultado positivo para a gestante, é fundamental que o parceiro também procure o serviço de saúde e passe pelo tratamento. Dessa forma, a reinfecção por sífilis é evitada, e a saúde da mãe e do bebê ficam garantidas.

Em Minas Gerais, os usuários encontram o exame disponível nas Unidades Básicas de Saúde e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e o tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mais informações sobre a infecção podem ser acessadas neste site.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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