Distrito Federal

DF: Cruzeiro terá oficinas gratuitas de gastronomia e cultura

A gastronomia está presente no nosso dia a dia e envolve muito mais do que o ato de cozinhar. Aproximá-la do público por meio da música, literatura, cinema e artes visuais é a proposta do projeto “Gastronomia no Ritmo das Linguagens Culturais”. Apoiado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), o projeto oferece oficinas gratuitas para a comunidade alinhando a gastronomia com os outros fatores culturais.

Os encontros do projeto acontecem aos sábados, durante o mês de maio e início de junho, no restaurante A Banka, localizado na quadra 10 do Cruzeiro. Não é necessário fazer inscrição para participar das oficinas, basta comparecer ao local.

Com receitas escolhidas, minuciosamente, baseadas em peças culturais da pintora Tarsila do Amaral, da poetisa Cora Coralina, do cantor e compositor Alceu Valença e nas artes visuais através do filme paranaense Estômago, o projeto procura desconstruir a alta gastronomia e valorizar as receitas típicas e insumos das cinco regiões do Brasil.

“O nosso intuito é aproximar a gastronomia e desconstruir a glamourização. É trazer a gastronomia e a arte para mais perto das pessoas de uma maneira simples, prática e objetiva. São cinco encontros, em um grande bate-papo literário e musical, ao mesmo tempo em que a chef executa as receitas citadas pelos artistas em suas obras”, explica o produtor cultural e idealizador do projeto, Andrey do Amaral.

A chef Natália Sávio, especializada em alquimia dos alimentos, afirma que a iniciativa mostra o papel multifacetado da gastronomia. “Mostramos o quanto ela faz parte do mundo audiovisual, da música, na literatura e dos poemas, e encontramos nesses cenários a elaboração de vários pratos. Isso faz com que as pessoas percebam que a gastronomia também é cultura”, ressalta Natália.

Durante as oficinas, a chef demonstra para os participantes que o ingrediente é de fundamental importância no resultado de uma preparação. “Procuro mostrar o poder dos pratos e dos ingredientes. O ovo, por exemplo, possui inúmeras e infinitas maneiras de contribuir com a culinária. Então, as pessoas visualizam o preparo e contextualizo todo o processo”, detalha.

De acordo com os organizadores, durante a programação, as pessoas degustam gratuitamente os quitutes e recebem a receita com o modo de preparo, para replicarem os pratos em casa. As oficinas contam com intérprete de Libras (Linguagens de Sinais) e audiodescrição nas apresentações.

Confira a programação – sujeita a alteração sem aviso prévio – e o cardápio do projeto:

→ 6/5: Natália Sávio e Antônio Leitão (artes visuais/Norte)
A obra O Ovo ou Urutu, de Tarsila do Amaral, também estará dentro deste projeto. Pode parecer simples, mas fazer um ovo não é tarefa fácil.

→ 13/5: Natália Sávio e Ana Maria Freitas Coelho (poesia/Centro-Oeste). Será criado um menu de doce (compotas) baseado no poema Todas as Vidas, de Cora Coralina.

→ 20/5: Natália Sávio e Kekeu Aragão (música/Nordeste)
Com ritmo e sabor, a música Tropicana, de Alceu Valença, é uma aula sobre uma infinidade de frutas brasileiras. Será preparada uma salada tropical na cadência pernambucana.

→ 3/6: Natália Sávio e Cristina Moysés (cinema/Sul)
A partir do audiovisual Estômago, será ensinado um macarrão à carbonara tal qual o personagem do filme que descobriu seu talento com massas.

Serviço

Gastronomia no ritmo das linguagens culturais
Evento acessível
Local: A Banka – Quadra 10, Bloco A, Cruzeiro Velho-DF
Horário: 16h, aos sábados
Informações: gastronomiacomocultura@gmail.com.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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