Distrito Federal

DF: plano de agroecologia e produção orgânica incentiva sustentabilidade rural

Construir diretrizes para o aumento da produção e da oferta de alimentos saudáveis. Valorizar e incentivar a agrobiodiversidade no Distrito Federal. Estes são os objetivos do Plano Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica (Pladapo) 2023-2026, implementado pelo governador Ibaneis Rocha, por meio do decreto nº 44.688, neste mês de julho.

Dividido em seis eixos, o documento foi construído a partir da colaboração dos 14 órgãos que constituem a Câmara Setorial da Agroecologia e Produção Orgânica do Distrito Federal (CAO-DF), em cumprimento à Lei distrital n° 5.801, de 2017. Os eixos são Sistemas produtivos, Redução do uso de agrotóxicos, Pagamento por serviços ambientais, Comercialização, Inovação e Formação em agroecologia. Para cada um, são estipulados metas, parceiros e responsáveis, além de indicadores de cumprimento.

O Plano Distrital de Agroecologia e Produção Orgânica visa fortalecer a produção de orgânicos no DF | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília

“Com o plano, nosso principal objetivo é fortalecer o setor de agroecologia e a produção de orgânicos no DF”, afirma o secretário-executivo da CAO-DF e analista de Planejamento Urbano e Infraestrutura da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Fernando Cleser. “Atualmente, já temos um perfil forte de produção orgânica e, com o plano, poderemos ampliar a comercialização, a inovação, a logística, para que o setor seja ainda mais visto.”

O presidente da CAO-DF, Avelar Alves de Neiva, afirma que o plano atende a uma necessidade legal e instrumental do setor. Segundo ele, a agregação das instituições permite rediscutir o processo convencional e buscar o desenvolvimento de novas tecnologias e arranjos tecnológicos. “Podemos levantar todos os processos já existentes para melhorá-los e mapear os novos meios, para avançar na produção”, aponta Neiva, que também integra a diretoria do Sindicato dos Produtores do Mercado Orgânico do DF (Sindorgânico).

O plano contou com a participação de órgãos oficiais, mas também de parceiros próximos aos produtores e à realidade do campo

A subsecretária de Políticas Sociais Rurais, Abastecimento e Comercialização da Seagri, Tatiana Agostinho, avalia que o Pladapo demonstra a importância dos recentes avanços no setor rural. “Por exemplo, a entrada de Pancs [plantas alimentícias não convencionais] e produtos orgânicos na alimentação escolar. Já virou lei no DF e isso é muito importante, porque é uma forma de produção sustentável dentro de uma grande unidade de conservação que é o DF, pois temos 84 unidades de conservação aqui”, cita.

Para a elaboração da proposta, além de órgãos federais, foram ouvidos parceiros próximos aos produtores e à realidade do campo. A coordenadora de Operações da Emater, Adriana Nascimento, enfatiza que o plano beneficia, principalmente, o produtor rural. “Deve ajudar, uma vez que todas as diretrizes foram elaboradas pensando nas principais políticas públicas para o agricultor”, afirma.

“Poderemos estabelecer padrões, novos mecanismos de incentivos fiscais, aumentar a utilização de bioinsumos no DF e sistematizar técnicas agroecológicas. Tudo isso facilitará o desenvolvimento de políticas públicas, como acesso ao crédito rural e compras governamentais para merenda escolar, entre outras políticas”, completa Nascimento.

‌A CAO-DF, responsável por elaborar o Pladapo, é composta pelos seguintes órgãos:

⇒ Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri);
⇒ Secretaria do Meio Ambiente (Sema);
⇒ Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes);
⇒ Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF);
⇒ Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa-DF);
⇒ Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);
⇒ Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF (Sebrae-DF);
⇒ Sindicato dos Produtores do Mercado Orgânico do DF (Sindorgânico);
⇒ Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do DF e Entorno (Fetraf-DFE);
⇒ Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB);
⇒ Associação de Agricultura Ecológica (AGE);
⇒ Cooperativa de Trabalho e Desenvolvimento da Agricultura Camponesa (Codestac);
⇒ Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do DF (Consea-DF);
⇒ Universidade de Brasília (UnB).

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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