Distrito Federal

Hospital de Base é referência no tratamento do câncer de próstata no DF

Uma doença silenciosa. Assim é o câncer de próstata, totalmente assintomático em toda a fase inicial. Os sintomas só aparecem quando o tumor sai da próstata e se torna metastático. Nessa etapa, os pacientes passam a ter sangramentos, obstrução das vias urinárias e dores. É nessa fase avançada que a maioria dos casos da doença é diagnosticada – um total de 60%.

O Hospital de Base é unidade de referência no tratamento do câncer de próstata | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo carcinoma mais comum e a segunda causa de morte de tumores entre os homens. A estimativa é de que mais de 71 mil novos casos sejam registrados por ano no Brasil entre 2023 e 2025. Por isso, a prevenção é fundamental, bem como o diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento. A chance de cura é de mais de 90% se o tumor for detectado no início.

“O tratamento da doença vai depender do grau de disseminação do câncer. Tem caso em que é feito apenas o acompanhamento. Agora, para tumores mais agressivos, temos o tratamento cirúrgico combinado com radioterapia ou quimioterapia. Quando há metástase, também entramos com o tratamento hormonal. Tudo isso é feito na Atenção Terciária, tendo o Hospital de Base como uma das unidades de referência”, explica o coordenador do Núcleo de Uro-Oncologia do Hospital de Base, Flávio Guimarães.

O principal tipo de cirurgia para o câncer de próstata é a prostatectomia radical, que retira toda a próstata e alguns dos tecidos à sua volta, incluindo as vesículas seminais.

Prevenção e diagnóstico

A próstata é uma glândula presente apenas nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas essas dimensões aumentam com o avançar da idade.

É recomendado que os homens façam os exames preventivos a partir de 50 anos ou de 45 anos, quando há casos na família. A investigação é feita pela realização do exame de sangue de antígeno prostático específico (PSA) e pelo toque retal, que é responsável por 20% dos diagnósticos. Outros exames também podem ser solicitados, como biópsias e ultrassom.

“O exame de sangue de antígeno é o principal marcador no sangue, mas existe a necessidade da complementação com o exame de toque, porque parte dos tumores pode não aparecer no PSA, e podemos acabar deixando um diagnóstico passar sem esse outro exame”, revela Guimarães.

Na rede pública, os exames são pedidos após a consulta com o médico de família na unidade básica de saúde (UBSs), que faz a regulação para os hospitais da rede que contam com a especialidade de urologia. O tratamento é feito na Atenção Terciária.

De acordo com coordenador do Núcleo de Uro-Oncologia do Hospital de Base, a mudança de hábitos pode ser fundamental para prevenção à doença. “O câncer de próstata tem um componente genético, mas também há o fator relacionado ao estilo de vida da pessoa. Por isso, recomendamos hábitos saudáveis: atividade física, dieta rica em antioxidantes e alimentos integrais, baixa ingestão de proteína e gordura animal e luz solar moderada”, afirma Flávio Guimarães.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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