Distrito Federal

Iniciativa leva educação financeira para alunos da rede pública de ensino

Saber lidar com o dinheiro é uma preocupação constante da vida adulta – e nada melhor do que iniciar essa conscientização ainda na infância, entre os alunos da rede pública de ensino. Uma parceria entre a Secretaria de Educação do DF (SEE) e o Banco Central do Brasil tem levado a 161 escolas públicas do ensino fundamental noções de educação financeira.

Por meio do programa Aprender Valor, os alunos do 1º ao 9º ano têm aprendido como lidar com o dinheiro e a tomar consciência da importância de economizar, de planejar para alcançar os objetivos, entre outros ensinamentos. De acordo com a SEE, o projeto tem como principal foco incentivar hábitos financeiros saudáveis e comportamentos que fazem a diferença na vida das crianças.

“A gente sabe que existe uma dificuldade das pessoas em ter o controle das suas finanças. Então, ensinar desde criança a ter noção de como fazer uma lista de supermercado, aprender o que é desejo e o que é uma necessidade, a fazer planejamento, são algumas das questões levantadas pelos professores”, detalha a coordenadora do programa Aprender Valor na SEE, Márcia Garcia Leal.

A coordenadora ressalta que a iniciativa oferece formação para os professores e gestores com planos de aula de língua portuguesa, matemática, geografia e história de modo transversal. “Eles utilizam os conceitos da educação financeira em textos, jogos, aliados aos conteúdos. O tema é inserido nas atividades e faz parte do dia a dia das crianças e da sala de aula, assim como prevê a Base Nacional Comum Curricular [BNCC]”, explica. Aproximadamente 1.500 professores do DF já fizeram a formação do Banco Central.

Planejamento financeiro para a vida

Navegue na direção dos seus sonhos….é assim que os alunos da Escola Classe 312 da Asa Norte aprendem a educação financeira na prática. É fazendo planos que as crianças entendem que é necessário planejar e economizar para conquistar. E as paredes da escola estão repletas de objetivos anotados, que vão desde comprar um lanche até arrumar um emprego e comprar uma casa.

“Inicialmente fazemos planos, e para isso eles têm que traçar estratégias a curto, médio e longo prazo, como coisas que vão fazer nesta semana ou no final do mês, outras nas férias, daqui a seis meses e outras para daqui a um ano, tudo para eles aprenderem a importância de planejar, de saber que ‘dinheiro não dá em árvore’, que é preciso conquistar”, ressalta a coordenadora pedagógica da escola, Daniele Correa. “Os pais relatam que os ensinamentos têm feito a diferença na hora deles lidarem com a mesada.”

O diretor da EC 312 Norte, Roberto Alves, lembra que o objetivo da escola é que todos os 280 alunos, do 1º ao 5º ano, tenham acesso aos conteúdos oferecidos pelo programa e que todos os professores também tenham acesso à formação. “Sabemos que são crianças pequenas, mas podem aprender a importância de economizar e poupar. Eles sabem que guardar dinheiro para alguns momentos é importante. No segundo semestre, vamos fortalecer o projeto na escola com mais crianças e professores envolvidos”, anuncia.

Um que aprendeu direitinho com as aulas de educação financeira foi o pequeno José Alexandre, 10 anos. Ele já sabe que economizar é importante. “Aprendi a guardar dinheiro para ter um futuro melhor, para não gastar com bobagens, a fazer lista de compras para ir ao supermercado. Agora sei como se deve gastar. Você tem que fazer suas conquistas, trabalhar ou fazer as coisas em casa para ganhar a mesada. Hoje eu guardo minha mesada para fazer algo no futuro”, diz.

O projeto

Em 2020, o Aprender Valor começou como projeto-piloto em seis estados e em menos de 500 escolas convidadas. Atualmente, participam do programa quase 23 mil escolas, distribuídas em mais de três mil municípios de todos os estados, mais o Distrito Federal. São escolas públicas rurais, urbanas, indígenas e quilombolas.

De acordo com o Banco Central do Brasil, tratar sobre educação financeira no contexto escolar é uma urgência social, tendo em vista os impactos na vida individual e coletiva, no presente e no futuro, causados pelo modo como as pessoas lidam com o consumo e com os recursos financeiros e materiais.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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