As investigações da maior chacina do Distrito Federal tiveram grandes avanços, nesta terça-feira (24/01). Durante a madrugada, militares do Corpo de Bombeiros encontraram um corpo masculino e dois femininos em uma fossa, a cerca de 5 km do cativeiro onde vítimas da chacina no DF foram mantidas reféns, antes de serem assassinadas.
A Polícia informou que um dos suspeitos pelo crime colaborou com a investigação e apontou a localização dos corpos. As vítimas tinham sinais de violência e estavam em estado avançado de decomposição.
Próximo ao local, uma chácara no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina, a Polícia encontrou preservativos e lubrificantes, o que indica possíveis abusos sexuais da vítimas em vida, ou até mesmo após a morte. Os materiais passarão por perícia.
Reconhecimento dos corpos
Mais tarde, o IML (Instituto Médico Legal) confirmou que o corpo masculino é de Thiago Gabriel Belchior, esposo da cabeleireira Elizamar da Silva. O instituto também identificou o corpo de Cláudia Regina Marques de Oliveira, ex-esposa de Marcos Antônio e sogro dela. O IML deve divulgar a identificação do terceiro corpo à qualquer momento. Se confirmado que ele é de Ana Beatriz Marques de Oliveira, filha de Cláudia e Marcos Antônio, os dez desaparecidos da mesma família terão a morte confirmada.
Corpos carbonizados em Unaí (MG)
Também, nesta teça, a PCDF confirmou que os dois corpos encontrados carbonizados em um carro na BR-251 na cidade de Unaí (MG), em 14 de janeiro, são de Renata Juliene Belchior, 52 anos, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25, respectivamente, esposa e filha de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54
Dois novos suspeitos de participação na chacina da família foram detidos na noite desta terça-feira (24/1). Os dois, um adulto e um adolescente de 17 anos, foram apresentados na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), por volta das 21h.
Eles chegaram à unidade da Polícia Civil do DF (PCDF) após a Polícia Militar do DF (PMDF) receber uma denúncia anônima de que os dois estariam dentro de um apartamento, no Itapoã.
Em depoimento informal aos PMs, o menor confessou ter recebido R$ 2 mil e, depois, ganharia mais R$ 3 mil “de comparsas” para ajudar no cometimento dos homicídios. Ele, no entanto, não detalhou quem seria esses comparsas e nem quais das vítimas teria tirado a vida.
Já o adulto preso negou qualquer envolvimento com a chacina e alegou que estaria apenas na companhia do adolescente na hora em que os PMs deram voz de prisão.
A Polícia já prendeu três homens acusados pelos assassinatos. Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos, considerado o quarto suspeito, segue foragido. Durante as apurações, a PCDF localizou impressões digitais de Carlomam no cativeiro e no carro de uma das vítimas.
Outros envolvidos não são descartados pela Polícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não descarta o envolvimento de novas pessoas nos assassinatos. O delegado Ricardo Viana, chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), responsável pelo caso, usou a analogia de uma “casa escura” para definir os próximos passos da investigação. “A polícia abre um cômodo, acende a luz, tem que afastar vários móveis para chegar no próximo. Não descarto nada do que pode vir”, disse.
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