O 1º Encontro de e-commerce – A Realidade do Novo Comércio, realizado pela Fecomércio-DF, nessa quinta-feira (17), tratou de todos os temas que permeiam a rotina de quem está acostumado a vender pela internet ou daqueles que possuem loja física e pretendem migrar ou ampliar as possibilidades de comercialização dos seus produtos. Um dos pontos que os especialistas fizeram questão de ressaltar, é que as lojas on-line não eliminam as físicas, ao contrário, as vendas pela internet, podem servir como complemento ou em alguns casos, podem se tornar a principal fonte de vendas.
Mais de 300 pessoas participaram do encontro gratuito, que durou o dia todo, na sede do Centro Empresarial da CNC, em Brasília (DF). O primeiro vice-presidente da CNC, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, participou da abertura do evento e afirmou que e-commerce é um tema muito importante e que o seminário servirá de espelho para todo o País.
O presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, disse que a Federação lançará um Centro de Inovação para ajudar os empresários. “As pessoas têm que se atualizar, as vendas online não atrapalham a loja física, ao contrário, uma ajuda a outra. Por isso, esse evento vai ter uma sequência”, frisou Maia. “O diretor de Administração e Finanças do Sebrae do Distrito Federal, João Henrique de Almeida Sousa, também participou da abertura do encontro. O ex-senador e consultor de mercado Jorge Viana foi um dos facilitadores.
As tendências de uma revolução que está apenas começando
O professor de economia da Universidade de Santa Catarina, Fernando Richartz deu início às palestras. Segundo ele, o e-commerce não é uma opção, é uma realidade. “O número de pessoas com acesso à internet cresceu muito e esse acesso passou a ser diário. Em pouco tempo, a população brasileira estará totalmente conectada”, declarou. Fábio Bentes, economista da CNC, disse que o consumidor é quem dita o ritmo de compras. “Quando comparamos o comércio eletrônico com o tradicional, parece que eles estão competindo, mas eles não estão. Raras são as empresas exclusivamente eletrônicas. O comércio eletrônico cresceu mais do que o varejo tradicional, porém, não vejo isso como concorrência, mas como oportunidade”, esclareceu Bentes.
O desafio do Marketing: a comunicação e a conversão em tempo real
Empresário e ex-diretor de Marketing Netshoes, Roni Bueno. Segundo ele, houve uma mudança significativa na economia e na forma de consumo nos últimos 10 anos e é isso que faz a diferença nos novos negócios. “Existem dois tipos de economia:a velha economia e a nova economia”, classificou Bueno. “Nos últimos 10 anos, quem tem o poder são as pessoas. E com o smartphone, temos um controle remoto muito poderoso que empodera as pessoas. Quem entendeu isso, surfa bem na nova economia e se dá bem nisso. Essa é a dicotomia da nova economia”, explicou o empresário.
O advogado Ronaldo Bach e Lucas Camargo, da Insta Buy, destacaram as principais preocupações que o comerciante deve ter com segurança na internet. “A insegurança também existe na loja física, mas mesmo assim você não vai deixar de abrir seu negócio por conta disso. A internet é um mercado novo que se abre, não é a insegurança que vai te atrapalhar. Não pode ser um obstáculo, mas é preciso ter consciência para se manter seguro. Um exemplo é na hora de contratar uma plataforma de pagamento, por exemplo. É necessário conhecer o seu parceiro, da onde vem, quem é e se segue regras. Alguns cuidados básicos também podem ser tomados, como atualizar seus softwares, instalar antivírus e não instalar aplicativos de origem desconhecida”, disse o professor, advogado e consultor Ronaldo Bach.
O cliente em um cenário cada vez mais competitivo
CEO da Administrar é Preciso, Maurício Schneider, falou sobre o cenário cada vez mais competitivo. “A tecnologia redesenha o trabalho e aí que vem às implicações para a empresa. Nosso desafio hoje é a tecnologia atual. Em cinco anos será outra. É necessário estar sempre preparado para mudar e vender, redesenhando o trabalho por meio da tecnologia, implementando modelos para captar inovações de todos os lados. Você tem que mudar, caso contrário vamos ficar em um mundo de expectativas. Hoje, a empresa precisa ter diferencial. É a sua responsabilidade fazer a sua empresa mudar, se atualizar. É preciso ter estratégia, implementar, fazer algo”, aconselhou.
“O celular e a internet modificaram a nossa história. A trajetória, a jornada de compras, que antigamente era simples, foi modificada totalmente. A loja física é um ambiente controlado pelas empresas. Com a internet, isso deixa de existir. Hoje, o cliente entra no Google, Facebook, Reclame Aqui e nos sites das empresas. O consumidor troca informação antes de comprar. Deste modo, a jornada do cliente se tornou complexa, deixando de ser uma simples ida a loja. O empresário precisa entender isso, procurar saber os hábitos e quais são as jornadas dos clientes. É necessário pensar fora da caixa e entender o seu mercado”, disse o CEO da Íntima Store, Jean Makdissi.
O diretor-executivo de criação da Isobar, Mateus Braga, falou sobre transformações digitais e a necessidade de buscar uma solução adequada para cada modelo de negócio. “A solução do e-commerce não e só o site. Pois a evolução digital vai passar por muitas outras transformações. Fato é: soluções diferentes de negócios na internet vão acontecer. Para cada problema tem uma solução e, inclusive, para alguns problemas têm várias soluções. Outra coisa importante é: fique perto de pessoas que podem te ajudar”, ressaltou. Também participaram do evento, os diretores da Kamelão Color: Karolyne Fernandes e Arlen Ferreira. Além de Guilherme Xavier, que representou os Correios, o principal parceiro dos comerciantes em e-commerce.
Eventos como esse reforçam a importância do comerciante tradicional inovar, não só aderindo a internet como ferramenta de venda, mas também, na capacitação da equipe, na melhoria do atendimento, na qualificação de seus produtos e serviços. Na visão da editoria do Diário de Bonfinópolis, antes de ir para a internet, é preciso que os comerciantes invistam nesses quesitos para que estejam preparados para o e-commerce. Além disso, na internet, serão acrescentadas outras exigências, como a agilidade na entrega e uma plataforma de compras, que atenda as necessidades do cliente.
O encontro pode ser exemplo para que gestores públicos de Bonfinópolis de Minas, também invistam no apoio e capacitação dos comerciantes do município nessa área. Atualmente, boa parte da população da cidade, faz compras pela internet. Claro, que esse público leva em conta, os menores preços, variedade e qualidade de produtos. A cidade já conta com pelo menos uma loja, que é física e e-commerce e alguns moradores se tornaram vendedores no Mercado Livre, por exemplo. O que comprova que a venda pela internet não tem fronteiras e que pequenas cidades não estão fora desse caminho sem volta, que é a evolução do mercado.
Colaborou, Daniel Alcântara, repórter da Fecomércio-DF
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