O Código Brasileiro de Trânsito (CBT) prevê que as faixas da esquerda nas vias são destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento em maior velocidade. Por isso, obstruí-las impedindo a passagem de veículos mais rápidos ou de viaturas em serviço é considerado infração passível de multa e de pontuação na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A penalidade pode ser média, quando o motorista não libera a passagem pela esquerda quando solicitado (quatro pontos na carteira e multa de R$ 130,16) para veículos comuns, ou até gravíssima, quando o impedimento ocorre para veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e ambulâncias (sete pontos na carteira e multa de R$ 293,47).
“A faixa da esquerda é destinada aos veículos com maior velocidade, e, por isso, o Código de Trânsito sugere que aqueles com menor velocidade transitem na faixa da direita. Temos clamado por consciência dos motoristas, porque as viaturas e as ambulâncias têm enfrentado dificuldade devido à falta do respeito dos condutores a essa norma de trânsito”, afirma o coordenador de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), Wesley Cavalcante.
Abrir espaço para veículos em serviço de urgência e emergência, além de ser algo previsto em lei, garante a continuidade e agilidade da prestação do atendimento. A abertura da passagem tem impacto direto em ocorrências como paradas cardiorrespiratórias, afogamentos, incêndios, acidentes vasculares cerebrais e infartos agudos do miocárdio, em que o tempo é crucial.
“A faixa da esquerda é destinada aos veículos com maior velocidade, e, por isso, o Código de Trânsito sugere que aqueles com menor velocidade transitem na faixa da direita. Temos clamado por consciência dos motoristas, porque as viaturas e as ambulâncias têm enfrentado dificuldade devido a falta do respeito dos condutores a essa norma de trânsito”
Wesley Cavalcante, coordenador de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran-DF
“Trabalhamos com urgência e emergência, então segundos podem fazer falta na hora do atendimento das ocorrências. Dificultar a nossa passagem pode acarretar até na morte de uma pessoa. Então as pessoas precisam ter consciência de que a viatura precisa ir rápido, porque vai atender ou está atendendo alguém que está precisando de ajuda”, destaca o oficial de informação pública do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), tenente Palomino.
De acordo com o tenente, os militares da corporação que fazem esses atendimentos têm notado o aumento no problema. “A falta de atenção dos motoristas têm dificultado o nosso trabalho. As pessoas ficam desatentas por causa do celular, da música alta. É importante que os condutores estejam sempre verificando os retrovisores para perceberam a presença das viaturas”, alerta.
O condutor socorrista do Serviço Móvel de Urgência (Samu) Welison Nunes Menezes conta que diariamente os servidores do órgão também são desafiados a chegar rápido aos locais das ocorrências. “Muitos motoristas andam com as janelas fechadas, com o ar-condicionado ligado e o som alto e acabam não ouvindo e não percebendo a nossa chegada. Isso atrapalha nessa ultrapassagem para que a gente chegue rápido aos locais. Uma outra situação que ocorre é que alguns motoristas ao tentarem se deslocar acabam atrapalhando outros veículos, o que nos impede de passar”, relata.
A orientação para os motoristas é estar sempre atentos à circulação de veículos de serviços de urgência e emergência, verificando os retrovisores e percebendo os avisos sonoros e luminosos. Quando as viaturas e as ambulâncias estiverem na faixa da esquerda, o condutor deve ir para a faixa da direita. Caso não seja possível, é necessário abrir espaço no corredor entre as faixas.
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