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Fevereiro Roxo: cuidados para tratar e retardar o Alzheimer

Mês a mês, a Saúde elege temas que merecem uma atenção especial da população. Com a chegada do Fevereiro Roxo, os olhares estão lançados para as doenças crônicas, aquelas sem cura, entre elas o Alzheimer.

Essa doença neurodegenerativa que provoca declínio das funções cognitivas não tem cura, mas o tratamento é ofertado pela rede pública de saúde. O paciente com suspeita da enfermidade deve procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de casa para receber um diagnóstico da equipe de Saúde da Família.

Se o médico avaliar que o paciente tem um quadro de demência, ele é inserido na regulação da geriatria e passa a ser acompanhado e tratado. Esse cuidado envolve a prescrição de medicamentos para retardar a evolução da doença e também o apoio de uma equipe multidisciplinar que vai desde fonoaudiólogos até fisioterapeutas e psicólogos. Todo apoio familiar e clínico é importante, sendo que esses profissionais e os cuidadores também devem receber atenção de terapeutas para lidar da melhor forma possível com a doença.

O envelhecimento é o principal fator de risco, e também a genética da pessoa. Por outro lado, há 12 fatores que, sob atuação e tratamento, permitem prevenir em até 50% as chances de um quadro demencial

“Tem-se uma impressão que a gente foca somente a memória, mas essa é só uma das coisas afetadas. Pode afetar o comportamento, a linguagem, a pessoa pode ter dificuldade em falar determinadas palavras, nomear objetos, pode ter dificuldade na compreensão de frases até chegar ao ponto de reduzir a capacidade de trabalho, as relações sociais. O comportamento fica modificado, a personalidade muda e ela fica cada vez mais dependente”, explica a geriatra Marcela Pandolfi da Secretaria de Saúde (SES-DF), presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBBG-DF).

Além de o Alzheimer não ter cura, a população deve estar ciente de que há fatores de risco modificáveis e não modificáveis na doença. O que não se pode mudar é a idade da pessoa, uma vez que o envelhecimento é o principal fator de risco, e também a genética da pessoa. Por outro lado, há 12 fatores que, sob atuação e tratamento, permitem prevenir em até 50% as chances de um quadro demencial. São eles: hipertensão, escolaridade (tentar sempre aprender algo novo), deficiência auditiva, tabagismo, bebida alcoólica, obesidade, depressão, diabetes, baixo convívio social, poluição do ar e traumas cerebrais.

Sinais

A população deve ficar atenta aos sinais de alerta da doença. A médica especialista em geriatria reforça que alguns esquecimentos podem ser normais, quando não geram grau de dependência, mas é preciso observar. “Um deles é a perda de memória, quando o paciente tem esquecimentos recorrentes, frequentes, de datas importantes, pergunta a mesma coisa várias vezes. Quando é eventual, não gera alerta, mas se é recorrente, temos que ficar atentos”, detalha Marcela Pandolfi.

Outros sinais também devem ser observados, como a dificuldade de planejamento, de resolução de problemas, de fazer tarefas de casa, trocar ingredientes, esquecer que já comeu e querer comer de novo, perder noção de tempo e espaço e apresentar problemas de linguagem.

“A importância da campanha é de conscientização, tanto do combate de falsas informações quanto do apoio a essas pessoas e famílias. É importante observar e dar o diagnóstico da maneira mais precoce possível; e, após o diagnóstico, que essa família tenha acolhimento, o que ela precisar da equipe multidisciplinar, para que o paciente tenha uma doença controlada e que a equipe possa proporcionar conforto aos pacientes e às famílias”, acrescenta a médica.

Outra orientação importante é que nem toda demência significa Alzheimer. Essa é a mais conhecida forma das demências, mas não a única. É importante que um paciente com a memória comprometida ou mudança de comportamento seja atendido por um médico. É o corpo clínico que será capaz de fazer os exames para diferenciar o tipo de demência, e somente após o diagnóstico se poderá determinar o tratamento correto.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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