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Governo de Minas cria índice de desempenho ambiental para renovação de licenciamento

Minas Gerais será o primeiro estado do Brasil a renovar as licenças ambientais com base em um índice de desempenho ambiental, o que trará maior celeridade, transparência e padronização aos processos. Nesta sexta-feira (23/6), o Governo de Minas publicou um decreto que prevê, nas análises das renovações de licenças, critérios de avaliação de desempenho ambiental, que serão regulamentados por meio de resolução conjunta entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam).

Com a resolução, será criado o Índice de Desempenho Ambiental no Licenciamento (Idal) cujo objetivo é quantificar, com base em resultados qualitativos, o desempenho de empreendimentos que necessitam das renovações das licenças ambientais junto à Semad. “É uma ação inovadora do Governo de Minas que irá impactar positivamente, principalmente, para o adequado desempenho ambiental das empresas licenciadas. Com o Idal, vamos mostrar para a sociedade os benefícios do licenciamento do ponto de vista das melhorias ambientais e do desempenho efetivo dos empreendimentos licenciados”, comenta a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo.

Segundo ela, esse instrumento pioneiro contribui para trazer maior segurança jurídica ao conceito de desempenho, proporcionando uma abordagem mais eficiente durante a análise das renovações de licença de operação e contribuindo para a eliminação do passivo de processos. Atualmente, 35% dos procedimentos de licenciamento fora do prazo de análise (passivos) são renovação de licença de operação. Esse percentual corresponde a 140 processos.

Pioneirismo

O Idal surgiu a partir do trabalho de mestrado do gestor ambiental da Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram) Central, Cláudio Mesquita. Com o olhar para otimização do licenciamento junto a um melhor desempenho das empresas, Cláudio desenvolveu o índice com base em pesquisas e abordagens científicas. Em 2021, ele apresentou o trabalho à secretária Marília, que solicitou, então, a criação de um Grupo de Trabalho para desenvolver a proposta.

“Não havia um conceito de desempenho ambiental que poderia ser exigido do empreendedor. Com os indicadores, a análise passa a ter uma maior padronização técnica, o que impacta na celeridade dos processos. O empreendedor pode, ao longo da validade da licença, observar os critérios que poderão impactar na renovação da licença da sua atividade. Assim, ele passa a ter uma atenção maior aos impactos ambientais”, comenta Cláudio Mesquita.

Segundo ele, o Idal é composto por quatro indicadores (condicionantes, automonitoramento, saneamento de inconformidades e existência de evento crítico) que apontarão se a empresa pode ou não ter a licença renovada. Para cada indicador, há uma nota de avaliação que, no somatório, corresponde a um número final que indicará o desempenho do empreendimento em relação à qualidade ambiental. Será avaliado, por exemplo, se determinada condicionante foi cumprida e se foi dentro, ou não, do prazo. “À medida que se faz análise do que foi avaliado pela empresa, pode-se encontrar algo inadequado. Nesse caso, por exemplo, será mostrado à empresa o problema. A atuação da empresa diante desse problema impacta na pontuação final do Idal”, exemplifica.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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