O Governo de Minas investiu R$ 1 milhão na implantação do serviço de terapia renal substitutiva, por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), com a compra de equipamentos para a Clínica de Hemodiálise Denilson Honório da Silva, em João Pinheiro, no Noroeste do estado.
Isso se enquadra na política do Estado, de levar a saúde para mais perto da casa das pessoas, com mais tempo e qualidade de vida. Antes, o serviço de hemodiálise mais próximo ficava em Patos de Minas, o que demandava um deslocamento superior a 2 horas de carro.
Com isso, a vida do motorista e aposentado Isak Manoel dos Reis, 71 anos, irá mudar. Ao longo de 13 anos, o motorista aposentado, que mora em João Pinheiro, conta que ia a Patos de Minas três vezes por semana para fazer hemodiálise.
“Eu me levantava às 6h da manhã, rodava 2 horas na rodovia, almoçava em um restaurante e entrava para a hemodiálise. Durante a sessão tudo é bom, o difícil é a hora em que eu saía da hemodiálise, tremendo, cansado e tendo que entrar em um carro para rodar mais 2 horas para voltar para casa”, relata.
Com o tratamento mais perto, Isak comemora a oportunidade de ter uma qualidade de vida melhor. Ele vê este momento como uma espécie de “segundo tempo” de vida, pois, sem , já não estaria mais vivo, como outros familiares dele que tiveram problemas nos rins.
Ampliar cobertura de saúde
A história de Isak Reis se repete em outros locais do estado, muitas vezes com deslocamentos de mais de 4 horas, três vezes por semana. O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, ressalta que a política estadual para redução de vazios assistenciais é uma meta da atual gestão.
Ele lembra ainda que o aposentado Isak Reis, que fazia hemodiálise às terças-feiras, quintas-feiras e sábados, vai poder reprogramar a sua vida. “No sábado, agora, em vez de ficar na estrada, ele vai poder ficar na feira, poder andar na cidade, ter um novo momento para ele e para família”, diz Fábio Baccheretti.
A SES-MG participou, nesta quarta-feira (21/8), da inauguração da clínica que vai atender toda a microrregião. Serão mais de 70 mil pessoas beneficiadas nas cidades de Brasilândia de Minas e Lagoa Grande, além de João Pinheiro.
O investimento vai possibilitar preencher um vazio assistencial na região para a doença renal crônica. A diretora administrativa da clínica, Dália Lina de Moraes, explica que serão atendidos neste primeiro momento entre 40 e 60 pacientes, mas o serviço poderá atender até 80 pessoas.
“Estamos passando de um serviço de média complexidade para alta complexidade, mas o mais importante é oferecer uma qualidade de vida aos pacientes”, reforça Dália.
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