Definida como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), a Sífilis, causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum) vem avançando em Minas Gerais, e em todo o Brasil. A coordenadora de IST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Mayara Marques alerta para a importância do uso do preservativo. “A principal forma de prevenção à sífilis é utilizar o preservativo, seja ele masculino ou feminino em todas as relações sexuais, sejam elas vaginais, anais, ou orais”, afirma.
Para evitar o aumento do número de casos da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a toda população medidas de prevenção à doença, como preservativos, exames para diagnóstico e tratamento necessário. A população de Bonfinópolis de Minas pode fazer o teste rápido no Centro de testagem e Aconselhamento/Serviço de Atenção Especializada em Unaí, na Rua Luíz Alves, 700 – Cachoeira
CEP: 38.610-000. Contato: (38) 3677-5056
Sífilis adquirida
A sífilis adquirida traz sérias complicações para a saúde humana. É caracterizada por feridas nos órgãos genitais, erupções pelo corpo e nas mucosas, danos no cérebro, medula espinhal e vasos sanguíneos. “Nessa modalidade da doença, 95% dos casos são devido ao contato com as lesões nos órgãos genitais”, explica Mayara. Em 2018, Minas Gerais registrou 14.457 casos de sífilis adquirida. Em 2019, até o dia 14 de fevereiro, 176 casos da doença foram notificados.
Sífilis em gestante
Na classificação da sífilis em gestantes, há a probabilidade de a doença ser transmitida para o feto, caracterizada pela transmissão vertical, principalmente entre a 16ª e a 28ª semana de gestação. O contágio ocorre com mais periodicidade no período intrauterino, mas também pode acontecer no parto, se houver lesão ativa.
“É imprescindível que a gestante realize todos os exames de pré-natal, pois são por meio desses exames de rotina, tratamento adequado da paciente e o devido uso do preservativo é que a infecção no recém-nascido será prevenida”, pondera Mayara Marques.
Em 2018, Minas Gerais registrou 5.066 casos de sífilis em gestante. Em 2019, até o dia 14 de fevereiro, o Estado teve notificação de 231 casos da doença.
Sífilis congênita
A sífilis congênita se dá quando há a transmissão da doença para o bebê durante a gravidez, por falta de tratamento adequado. “Na ausência de tratamento, a transmissão vertical da sífilis é elevada. Entretanto, o diagnóstico e tratamento oportuno são altamente eficazes e reduzem a transmissão em até 97%. O número de casos notificados dependerá, portanto, da capacidade de intervenção dos serviços para reduzir a transmissão vertical, do diagnóstico e tratamento adequadamente às gestantes e seus parceiros, mas também da capacidade de identificação e notificação dos casos de sífilis congênita”, explica a coordenadora.
Em 2018, Minas Gerais registrou 2.388 casos em decorrência da doença. Em 2019, até o dia 14 de fevereiro, o Estado tem registro de 135 casos notificados pela infecção.
Prevenção, sintomas e tratamento
Os sintomas da doença variam de acordo com o estágio em que ela se encontra no organismo do paciente. Em sua primeira fase, é caracterizada por uma úlcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, anus e boca). Já a fase secundária surge, em média, entre seis semanas e seis meses após a infecção. Nesse caso, podem ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas, principalmente no tronco. A fase terciária se manifesta na forma de inflamação e destruição tecidual. Nesse caso, é comum o acometimento do sistema nervoso e cardiovascular.
A penicilina é considerada o medicamento eficaz para tratamento da sífilis, em qualquer fase da doença e está disponível à população nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
De acordo com Mayara Marques, a Coordenação Estadual de IST/Aids e Hepatites Virais da SES-MG promove capacitações in loco nas regionais de saúde do estado, com o envolvimento da atenção primária e epidemiologia, a fim de sensibilizar os profissionais para a realização do diagnóstico e tratamento precoce, bem como a notificação e investigação de novos casos. “Essas ações desenvolvidas devem ser contínuas para que assim haja um impacto positivo em relação à ocorrência da doença no estado de Minas Gerais”, finaliza. Para mais informações sobre a doença, acesse: www.saude.mg.gov.br/sifilis.
Fonte: Agência Minas
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