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Minas Gerais amplia vacinação especializada com investimento de R$ 5,5 milhões em centros de referência

Acolhimento, atenção em saúde e cuidado individualizado. Este é o atendimento oferecido pelos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que disponibilizam vacinas do calendário nacional e imunizantes específicos para pessoas com condições clínicas especiais.

Para fortalecer e ampliar esse serviço, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), investiu cerca de R$ 5,5 milhões na descentralização dos Crie, apoiando os municípios na estruturação das unidades e aproximando o serviço dos usuários.

A iniciativa integra a estratégia de regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais e contribui para o acesso mais ágil e equitativo aos imunizantes, especialmente para pacientes em situação de maior vulnerabilidade clínica.

“Investir nos Crie é fortalecer a espinha dorsal do SUS em Minas: a regionalização. É garantir que, onde houver um mineiro com necessidade especial de vacinação, haja também presença efetiva do Estado, com estrutura, profissionais preparados e resposta rápida”, destaca o vice-governador Mateus Simões.

O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, reforça que vacinar pessoas com condições específicas vai além da proteção individual. “É um cuidado essencial que garante saúde, qualidade de vida e inclusão social. Os investimentos na ampliação desses centros demonstram o compromisso do Estado com uma saúde pública mais justa e acessível a todos”.

Atendimento especializado

Os Crie funcionam em parceria com os municípios e contam com o suporte técnico da SES-MG. São unidades preparadas para atender pacientes com maior risco de adoecimento por condições de saúde específicas, sejam da rede pública ou privada.

Até 2022, apenas três cidades contavam com o serviço: Belo Horizonte, Juiz de Fora e Uberlândia. Com os novos investimentos, foram criadas oito unidades macrorregionais, ampliando a cobertura e garantindo atendimento mais próximo. A 12ª unidade está em fase de implantação em Três Corações.

Fonte: SES-MG

Além de apoiar a estruturação física e operacional das unidades, o Estado é responsável pelo fornecimento e distribuição dos imunobiológicos especiais, acompanhamento da situação vacinal e monitoramento dos atendimentos. “Promovemos ainda capacitações regulares das equipes, com foco em um atendimento técnico e humanizado. Nosso objetivo é assegurar que cada paciente receba o cuidado adequado à sua realidade”, afirma a coordenadora estadual de Imunização da SES-MG, Josianne Gusmão.

Outro avanço é a digitalização do processo de solicitação de vacinas, em andamento desde 2024. A medida agiliza atendimentos e aproxima o serviço da população. Entre 2024 e 2025, 18.889 pessoas foram atendidas nos centros especializados do estado.

Cuidado personalizado

Para pacientes com doenças crônicas ou condições que exigem atenção diferenciada, o acolhimento faz toda a diferença. A adolescente Ana Beatriz França vive com a doença de Crohn, condição inflamatória crônica que afeta o trato gastrointestinal.

Ela conta que chegou ao Crie de Belo Horizonte ansiosa, pois o tratamento que realiza compromete suas veias, o que a deixava temerosa diante de procedimentos. “Estava muito nervosa, mas a equipe me acolheu e isso fez toda a diferença. Programaram minhas vacinas de forma gradual, para que eu fosse me acostumando. Isso me trouxe segurança”.

A mãe, Ana Paula França, destaca que o atendimento personalizado foi essencial desde a primeira visita. “Fomos acolhidas por uma médica que explicou tudo sobre as vacinas e os cuidados necessários. As enfermeiras foram carinhosas, esclareceram as reações possíveis e como agir”, afirma.

Fonte: SES-MG

Segundo Tatianne Carvalho, gerente do Crie de Belo Horizonte, o atendimento é feito por demanda espontânea, por ordem de chegada, ou por encaminhamento médico com relatório justificando a indicação. “Nosso papel é adaptar o esquema vacinal à condição de cada paciente, sempre conforme os protocolos do Ministério da Saúde”, explica.

Além de aplicar imunobiológicos especiais, os Crie são referência na investigação de possíveis eventos adversos pós-vacinação (Esavi), fortalecendo a segurança do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a confiança da população nas vacinas. “Monitoramos os Esavi, avaliamos a causalidade e a continuidade do esquema vacinal. Os dados são analisados pelo sistema nacional do Ministério da Saúde, contribuindo com a vigilância de lotes e a resposta a eventos raros”, diz Tatianne Carvalho.

Compromisso com quem mais precisa

Os Crie reforçam o compromisso de Minas com um SUS que reconhece as particularidades de cada cidadão. Mais que infraestrutura, representam dignidade, escuta e cuidado para quem enfrenta condições delicadas e, muitas vezes, encontram barreiras no acesso à saúde.

“Quando o Estado investe em vacinação personalizada, está investindo em equidade e inclusão. É essa a direção que estamos fortalecendo”, afirma o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi.

Ana Paula Oliveira

Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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