Uma força-tarefa com integrantes de diversos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) será montada para prevenir o feminicídio. O grupo atuará com medidas e campanhas de combate à violência contra a mulher. O anúncio foi feito pela governadora em exercício, Celina Leão, nesta segunda-feira (6), durante a solenidade de assinatura de posse de novos servidores da Secretaria de Saúde.
“O feminicídio é um crime que acontece às vezes de forma silenciosa. E é por isso que nós vamos criar uma força-tarefa com a Secretaria da Mulher e outras secretarias, inclusive a Secretaria de Saúde, para que a gente tenha esse trabalho de prevenção”, afirmou a governadora.
Além das secretarias de Estado, estarão envolvidos no grupo instituições como o Ministério Público do Distrito Federal, a Defensoria Pública do Distrito Federal e “todas as áreas que têm interface com o crime de feminicídio”, conforme explicou Celina Leão.
A intenção do governo é fazer com que a população entenda que a violência doméstica é um problema de toda a sociedade. “Vamos fazer campanhas para que a gente possa trazer essa consciência de que é dever, não só do GDF, mas de todos nós, do vizinho, do amigo, da amiga. É um crime que tem uma repercussão social enorme, e as pessoas precisam entender que elas têm que denunciar e nos ajudar”, ressaltou a governadora.
O apelo de Celina Leão também foi dirigido aos mais de 1,2 mil novos servidores da Saúde. “Vocês também, na área de saúde, sabem que recebem muitas vítimas da violência doméstica. Incentivem que essas mulheres façam boletim de ocorrência. Essa questão não é só da Secretaria da Mulher. É da sociedade”, acrescentou, enquanto mostrava a camisa que usava com a frase “Na violência contra a mulher, a gente mete a colher”.
Crime contra a mulher
Mulheres caminham em Ceilândia em protesto contra o feminicídio
O crime de feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher (misoginia e menosprezo pela condição feminina ou discriminação de gênero). A qualificação do crime ocorreu em 2015 com a promulgação da Lei nº 13.104.
De acordo com o Relatório de Monitoramento dos Feminicídios no Distrito Federal, publicado em janeiro deste ano pela Secretaria de Segurança Pública, de 2015 até 2022, o DF registrou 151 casos tipificados na capital federal.
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