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terça-feira, julho 8, 2025
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    Governo de Minas assina decreto histórico que regulamenta uso da água no campo e avança na irrigação sustentável

    Seguindo o compromisso com quem produz no estado, o Governo de Minas deu um passo decisivo para o fortalecimento da agricultura irrigada com a assinatura, realizada nesta terça-feira (8/7), do decreto que regulamenta a Política Estadual de Agricultura Irrigada Sustentável, em solenidade realizada na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

    O governador Romeu Zema assinou o decreto da política, prevista na Lei Estadual nº 24.931/2024, que estabelece diretrizes técnicas, ambientais e administrativas para ampliar a irrigação de forma racional.

    “Hoje é um dia muito importante para a agricultura de Minas. Com esse decreto, vamos conseguir ampliar a produtividade. A mesma quantidade de terra que hoje produz uma safra por ano, poderá produzir duas ou três. Isso significa mais renda para o produtor rural, preservação de áreas que seriam demandadas para uma maior produção e, principalmente, maior oferta de alimentos e menos inflação para o consumidor mineiro e brasileiro”, ressaltou Romeu Zema.

    A medida deve beneficiar milhares de produtores mineiros, especialmente os da agricultura familiar, ao promover ações como segurança hídrica e jurídica aos produtores, uso eficiente da água, integração do setor produtivo às políticas ambientais, fortalecimento da competitividade da agricultura mineira e contribuições concretas à segurança alimentar e ao desenvolvimento regional.

    “Minas, hoje, só possui 15% da sua área produtiva irrigada e agora, com esse decreto, vamos poder armazenar mais água para poder irrigar as nossas áreas, e poder fazer três safras sem abrir novas áreas. Isso vai nos tornar mais competitivos e sustentáveis”, enfatizou o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.

    A norma detalha procedimentos técnicos e administrativos para a aplicação da Política Estadual de Agricultura Irrigada Sustentável, regulamenta dispositivos como o Plano Estadual de Agricultura Irrigada Sustentável (Peais), define critérios para certificação de projetos de irrigação, organiza o uso do Zoneamento Ambiental e Produtivo (ZAP) e estimula ações compensatórias e de fomento ao desenvolvimento sustentável.

    “As regiões mais beneficiadas serão às que têm os maiores conflitos hídricos, menor índice pluviométrico e maior histórico de escassez. O produtor vai ter a possibilidade de reservar água na época das chuvas. É uma mudança muito importante que pode revolucionar a produção”, explicou a chefe do Núcleo de Gestão Ambiental da Seapa, Ariel Chaves.

    “O maior avanço é o reconhecimento de que a irrigação é uma atividade de utilidade pública. O regulamento explica passo a passo tudo o que o produtor rural precisa apresentar em termos de estudos e de documentação”, afirmou.

    “Esse decreto é muito importante em vários sentidos, principalmente em trazer o uso racional e sustentável dos nossos recursos hídricos. Isso vai permitir mais produtividade, utilizando a menor área possível, e garantindo indicadores positivos para a nossa agricultura, como, por exemplo, 30% de área preservada e o nosso Selo Verde”, disse a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marilia Melo.

    A expectativa é potencializar a área produtiva irrigada em Minas Gerais com barramentos e poços artesianos, com uma política menos burocrática e mais assertiva. A medida é considerada fundamental para dar efetividade à Política Estadual de Agricultura Irrigada Sustentável, evitando que a política fique sem aplicação prática e garantindo a clareza dos procedimentos para agricultores e técnicos.

    Irriga Minas

    O decreto também se integra às ações do Programa Irriga Minas, projeto estratégico da Seapa. Somente em 2025, estão previstos R$ 22 milhões em investimentos para a entrega de cerca de 14 mil kits de irrigação, número que deve chegar a 20 mil até 2026, totalizando R$ 27 milhões aplicados desde 2019.

    Os kits de irrigação por gotejamento atendem áreas de 500 a mil metros quadrados, com estrutura que inclui caixa d’água, filtros e tubos, para o cultivo de hortaliças e frutíferas durante praticamente todo o ano.

    Esses equipamentos têm sido essenciais para pequenas propriedades em regiões com baixa regularidade de chuvas, permitindo não só o abastecimento familiar como também a comercialização da produção em feiras e em programas institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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