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segunda-feira, novembro 25, 2024
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    GDF oferece suporte integral às mães chefes de família

    Mais de 81% das famílias inscritas no Cadastro Único no Distrito Federal têm uma mulher como responsável familiar. Ou seja, das 221.140 famílias cadastradas, 180.152 são chefiadas por mulheres. São mães chefes de família responsáveis pela renda da casa. Os dados são da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), gestora do programa, referentes ao mês de abril de 2022.

    No DF, as mulheres são, de fato, a maioria entre os beneficiários das famílias em vulnerabilidade social. Como a rede de proteção social do Governo do Distrito Federal (GDF) adota uma política que prioriza as mães chefes de família, que têm filhos pequenos e cuidam sozinhas dos familiares, programas como Cartão Prato Cheio, DF Social e Cartão Gás contribuem para que essas mulheres tenham condições de sustentar a família.

    Uma dessas mães é Lindaura Bispo Alvarenga, 37 anos, que mora sozinha em Planaltina com as duas filhas, de 2 e 11 anos de idade. A mais nova, Julia, também é assistida pelo programa Criança Feliz Brasiliense, que, por meio de visitadores contratados por uma organização da sociedade civil (OSC) parceira da Sedes, auxilia no desenvolvimento das crianças na primeira infância.

    Lindaura nasceu em Oeiras, no Piauí, e veio para Brasília em 2000 para trabalhar como babá. Depois de sair do emprego, ela decidiu ficar no DF e aqui formar a sua família. Há seis anos, Lindaura está sem emprego fixo e vive de bicos, seja fazendo uma faxina ou arrumando o cabelo de uma cliente. O que tem permitido a ela manter o sustento da casa e comprar alimentos para as filhas são os benefícios sociais que recebe.

    “Quando morava na minha cidade, meu pai não permitia que a gente estudasse porque, para ele, todo mundo tinha que trabalhar. E hoje sinto a dificuldade de conseguir emprego pela falta de estudo. Por isso, faço diferente com as minhas filhas. Faço questão que elas estudem e tenham um futuro melhor. Eu dou a minhas filhas o que eu não tive na minha infância”, afirma ela.

    Hoje, Lindaura é uma das beneficiárias do Auxílio Brasil, do DF Social e do Cartão Gás. “Esses benefícios me ajudam muito aqui em casa, posso comprar alimentos. Graças a Deus, minhas filhas não adoecem muito e quase não tenho que comprar remédio”, conta. “Mais recentemente, passei a receber o Cartão Gás também. Ah, foi bom demais! Sou grata porque sei que muitas pessoas também precisam e não têm. Para mim, foi ótimo porque o gás está muito caro.”

    Referenciada no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Planaltina, em 2020, Lindaura Bispo foi uma das primeiras contempladas do Cartão Prato Cheio. “Hoje não recebo mais. Mas já solicitei ao Cras uma nova reavaliação da equipe socioassistencial. Aquele crédito de R$ 250 foi muito importante durante pandemia, quando ninguém chamava para fazer diária, não tinha emprego”, relata.

    Atualmente, Lindaura Bispo está satisfeita com os resultados obtidos desde que a caçula passou a ser atendida pelo Criança Feliz Brasiliense. “O visitador me ajuda muito, a Julia melhorou demais depois que ele passou a vir em casa, no ano passado, fazer o trabalho de estimulação com ela. Ele me ensina a contar história para ela, me manda sugestões. Fico feliz quando ele vem na minha casa, conversa comigo e com as meninas”, destaca.

    “Nossa gestão tem essa meta, que é priorizar essas mães, chefes de famílias, mulheres guerreiras que vão à luta para sustentar os seus filhos, muitas vezes, sem ajuda do pai nem da família. É o Estado mostrando para essas mulheres que elas não estão sozinhas”

    Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social

    Benefícios

    De acordo com a Sedes, gestora dos benefícios sociais, no programa Prato Cheio, dos 35.240 beneficiários, 12.473 são mulheres que atendem ao primeiro critério de priorização, que são as famílias monoparentais chefiadas por mulheres com crianças de até 6 anos. Esse mesmo critério é adotado para a concessão também do DF Social e do Cartão Gás.

    Em relação ao DF Social, programa criado para substituir o DF Sem Miséria com a concessão de R$ 150 mensais para famílias em extrema vulnerabilidade social, 92% das famílias beneficiárias são chefiadas pelas mães. Das 55.389 famílias beneficiárias do programa, 51.156 têm uma mulher como responsável familiar.

    No programa Cartão Gás, são 65.710 famílias que têm uma mulher como responsável familiar, ou seja, uma mãe chefe de família. São apenas 4.289 homens nessa condição. Isso significa que mais de 93% das famílias que recebem o Cartão Gás são chefiadas pelas mães.

    “Nossa gestão tem essa meta, que é priorizar essas mães, chefes de famílias, mulheres guerreiras que vão à luta para sustentar os seus filhos, muitas vezes, sem ajuda do pai nem da família. É o Estado mostrando para essas mulheres que elas não estão sozinhas. Nesse Dia das Mães, a minha mensagem é para elas: parabéns, mães do Distrito Federal, vocês são fortalezas para seus filhos”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.

    O programa Auxílio Brasil, que é do governo federal, mas no DF é gerido pela Sedes, conta com 102.326 famílias que têm uma mulher como responsável familiar. Isso representa 87% das 117.347 famílias do Distrito Federal que recebem o Auxílio Brasil.

    O Criança Feliz Brasiliense atende, atualmente, mais de 3.200 famílias em 16 Regiões Administrativas.

    “Os primeiros anos de vida são fundamentais para a saúde e o desenvolvimento dessas crianças e vão definir a formação dessas pessoas como cidadãos. O programa permite que essas crianças se desenvolvam de forma adequada, tenham saúde, e que as mães tenham acesso a serviços socioassistenciais”, explica Mayara Rocha. “Nós ampliamos de oito para 16 as regiões administrativas atendidas pelo Criança Feliz Brasiliense para aumentar as visitas domiciliares e o apoio a essas famílias em vulnerabilidade social no DF.”



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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