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sexta-feira, novembro 22, 2024
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    Saúde reforça importância da vacinação contra a hepatite A e B

    A hepatite é uma doença infecciosa que provoca um processo inflamatório no fígado e pode levar ao óbito. Em Minas Gerais, no ano de 2021, foram registradas 124 mortes por causa da doença. Em 2020, foram 119 óbitos. A vacina é a forma mais segura e a principal ferramenta de prevenção e controle da doença. Diante disso, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância de manter o cartão de vacina atualizado.

    A inflamação pode ser secundária a diversos fatores, dentre eles infecções virais. As hepatites mais comuns em Minas Gerais são causadas pelos vírus A, B e C. No ano passado, foram registrados 38 casos de hepatite A, 706 casos do tipo B e 831 casos de hepatite C no estado. Em 2020, foram 28 casos do tipo A, 576 casos do tipo B e 831 do tipo C.

    A doença apresenta sintomas variados, sendo os mais comuns a febre, fraqueza, mal-estar, dor e desconforto abdominal, além de enjoos, urina escura, perda de apetite, olhos e pele amarelados (icterícia) e fezes esbranquiçadas.

    Diferenças

    A hepatite A é uma doença transmissível, aguda e causada pelo vírus HAV que, em geral, não apresenta sintomas na fase inicial. A pessoa exposta a esse vírus adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção. Porém, a doença pode ser fulminante em menos de 1% dos casos. A transmissão é fecal-oral, muitas vezes associada a condições precárias de saneamento básico de água, de higiene pessoal e de alimentos contaminados.

    A hepatite B não tem cura e é classificada como infecção sexualmente transmissível.

    Já a hepatite tipo C pode se manifestar na forma aguda ou crônica, e é transmitida pelo contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas e materiais de manicure.

    Vacinas

    As vacinas contra os tipos A e B de hepatite são oferecidas pelo SUS e estão disponíveis nos postos de saúde de todo o estado, como destaca a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da SES-MG, Josianne Gusmão.

    “A imunização contra a hepatite B está disponível para toda a população, independente da faixa etária. Já a da hepatite A está disponível para crianças a partir de 15 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Depois de receber, da forma recomendada, todo o esquema vacinal a pessoa fica imunizada pelo resto da vida”, afirma.

    Em 2021, a cobertura contra o vírus tipo B foi de 68,55% em crianças com menos de 30 dias de vida e de 75,95% em crianças menores de um ano de idade. A cobertura contra o tipo A da doença foi de 76,46%. A meta de cobertura ideal preconizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, é de 95%.

    Para o tipo C não há vacina, mas existe tratamento, que também é disponibilizado pelo SUS e evita complicações. Os medicamentos são gratuitos e podem ser retirados nos 73 Serviços de Atendimento Especializado (SAE) e Unidades dispensadoras de medicamentos (UDM) em Minas Gerais, de forma rápida e segura.

    Diagnóstico

    Segundo a coordenadora de Infecções Sexualmente Transmissíveis/ Aids e Hepatites Virais da Secretaria da SES-MG, Mayara Marques de Almeida, a diferença entre os tipos B e C é basicamente a forma de transmissão.

    “Sem apresentar sintoma, a doença evolui sem diagnóstico e tratamento oportunos. Esse avanço da infecção pode levar ao transplante de fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer. Em alguns casos pode evoluir para óbito”, explica.

    Em todos os casos, é importante a testagem rápida e tratamento em tempo oportuno. Se a pessoa foi diagnosticada com hepatite B ou C, a orientação é procurar uma Unidade Básica de Saúde e se informar sobre onde retirar os medicamentos.

    O diagnóstico para a detecção da infecção pelos vírus B ou C é realizado por meio de testes rápidos, que estão disponíveis no SUS. “A oferta de teste rápido proporcionou a ampliação do diagnóstico das hepatites virais, favorecendo o tratamento com resultados que reduzem a morbimortalidade. Em relação ao tratamento, o acesso a medicamentos seguros e com baixos efeitos colaterais diminui a transmissibilidade da doença”, avalia Mayara Marques Almeida.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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