Cerca de cinco toneladas do fruto são recolhidas no município toda semana. A região já possui 18 pequenos produtores e a expectativa é a de que esse número aumente
Toda semana, toneladas de maracujás produzidos na região de Bonfinópolis de Minas são entregues à fábrica Puro Suco, localizada em Carmo do Paranaíba, distante 62 quilômetros de Patos de Minas. No total, são 18 pequenos produtores do fruto, cada um plantou de meia a uma hectare de maracujá em novembro de 2017 e a colheita iniciada em 2018 está sendo distribuída há um mês, na Central das Associações da Agricultura Familiar de Bonfinópolis. Essa é primeira produção e teve o apoio da Capul (Cooperativa Agropecuária), Emater, Senar e a Prefeitura Municipal, que entregou 300 mudas da planta para cada produtor começar a plantação.
A expectativa da Central é a de que mais gente comece a produzir a fruta. “O que a gente pretende é aumentar o número de produtores para que não haja intervalo. Quem está plantando agora, no final da safra vai ter que plantar novas mudas no lugar dessa plantação, que já deu frutos”, disse, a presidente da Central, Rita Fonseca, acrescentando que a produção está no início e as técnicas e o cultivo são novidade para os fazendeiros, por isso, o recomendado é que cada um plante em menor quantidade, cerca de 500 pés de maracujá. A meta é entregar no mínimo 5 toneladas da fruta por semana. Com o objetivo de legalizar e melhorar a comercialização de tudo que é produzido no município, os produtores rurais se mobilizam para criar uma cooperativa de agricultores familiares. Uma reunião está marcada para a próxima quinta-feira (28), no Sindicato dos Trabalhadores, quando será discutida a estrutura e a operacionalização da cooperativa.
Um dos principais produtores, Renato Coelho, 42, da Comunidade de Riacho das Pedras entrega entre 350 e 400 quilos de maracujá por semana. Na visão dele, a cooperativa é fundamental para o crescimento do agronegócio local. “A associação não pode comercializar os produtos. Se é ilegal, precisa criar a cooperativa. É uma questão de necessidade. Depende do empenho de todos e dos órgão competentes para legalizar isso e agente ter maior volume de produção e maior poder de compra”, comentou.