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quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Projeto busca orientar produtores contra pragas nos citros da região Noroeste de Minas

    O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), promoverá o projeto “Viva Citros”, nos municípios de Formoso e Buritis, ambos localizados na região Noroeste de Minas Gerais.

    Por ser uma região de destaque na citricultura, principalmente, na produção de laranja, o IMA, responsável por inspecionar plantações de citros e garantir que os pomares não estejam contaminados e, consequentemente, não disseminem pragas para outros locais, oferecerá palestras de conscientização sobre cancro cítrico e greening, agrotóxicos (uso e armazenamento), além do monitoramento de pragas na região, no dia 18/6, em Formoso, e 19, em Buritis. De acordo com dados da Seapa, a região é responsável pela produção de mais de 30 mil toneladas de laranja por ano.

    Além de conscientizar os produtores sobre a importância do monitoramento dos pomares, para que a região continue sem focos de doenças, e sobre o cuidado no uso de agrotóxicos, o projeto também tem o objetivo de apresentar os serviços que o IMA realiza para garantir a saúde vegetal no estado.

    Segundo o coordenador regional do IMA em Unaí, Gevair Campos, em meados de 2020 foi identificado, entre os municípios de Formoso e Buritis, a presença de cancro cítrico, “o responsável técnico da propriedade em questão notificou ao IMA sobre a suspeita da praga. Após a confirmação da existência da doença nesta plantação, as mudas foram destruídas para evitar a disseminação para outras propriedades”.

    Durante o “Viva Citros”, haverá o monitoramento dos pomares da região com visitas dos técnicos do IMA às propriedades produtoras de citros, verificando se há a presença do cancro cítrico ou do greening. Também estão previstas palestras em escolas dos dois municípios, para abordar a importância da defesa sanitária vegetal e como esse trabalho, exercido pelo IMA, protege a economia e a população do estado.

    “A ausência dessas pragas é exatamente o motivo da região estar crescendo ainda mais na produção de laranjas, limão e outras frutas cítricas. Há cinco anos tínhamos em torno de cem hectares plantados, hoje, a região conta com mais de mil hectares de citros”, contou Gevair.

    O projeto “Viva Citros” pretende atingir um público diverso constituído por profissionais da área vegetal, produtores e também consumidores, a intenção é que a região continue livre do cancro cítrico e sem foco de greening. Além disso, a ação visa sensibilizar a cadeia produtiva sobre a importância do monitoramento dessas pragas, pois assim “empregos, produções e sustentabilidade do cultivo de citros da região são garantidos”, disse o coordenador. Durante o projeto, também haverá a capacitação de profissionais do IMA.

    Perigo do cancro cítrico para a produção

    O cancro cítrico, praga que acomete plantações de frutas como laranja, limão, lima, tangerina e cidra, pode se propagar através de vento, chuva e de equipamentos agrícolas contaminados, sendo uma doença que impacta na produtividade desses vegetais. Caso haja contaminação das lavouras, o citricultor terá prejuízos, pois a comercialização dessas frutas fica proibida, impactando em menor lucro e mais gastos. O cancro cítrico deprecia a qualidade da produção pela presença de lesões, queda prematura de frutos e restrição de vendas em áreas livres da doença.

    Comprar mudas de locais registrados no IMA, instalar quebra-ventos na propriedade e dedetizar caixarias e ferramentas utilizadas no manejo das plantas, além de veículos utilizados no transporte, são algumas orientações do IMA para que o cancro cítrico seja evitado.

    Saúde da produção de citros em Minas Gerais

    As áreas produtoras de citros em Minas Gerais devem ser cadastradas no IMA e suas informações devem ser atualizadas anualmente. Essas propriedades devem ter um engenheiro agrônomo ou técnico agrícola habilitado pelo órgão, o responsável técnico, sendo também de sua responsabilidade a emissão do Certificado Fitossanitário de Origem (CFO), documento que garante a sanidade dos frutos.

    O CFO é essencial para obter a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), emitida pelo IMA, e que assegura que a carga está livre de pragas e pode circular pelo território nacional sem risco. O IMA controla a disseminação de pragas por meio de barreiras sanitárias localizadas nas cidades de Extrema, Borda da Mata e nas unidades da CeasaMinas, em Contagem e Juiz de Fora. O greening nunca foi constatado nas cidades de Formoso e Buritis.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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