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quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Representatividade na gestão do SUS é fundamental para garantir o acesso de negros e quilombolas aos serviços de saúde

    No Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira (20/11), o Governo de Minas reforça a importância da representatividade no Sistema Único de Saúde (SUS). A participação das pessoas pretas e pardas na construção de políticas de saúde e na gestão dos serviços é fundamental para definir ações específicas para essa população.

    SES / Divulgação

    Para garantir o acesso aos serviços de saúde, de forma a melhorar as condições de vida, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) recorre ao diálogo e à cooperação com diversos setores da sociedade civil por meio do Comitê Técnico de Saúde Integral da População Negra, instituído em 2016, para auxiliar e monitorar a implementação das ações de saúde da comunidade.

    Segundo Joseane Carvalho, referência técnica na Saúde Indígena e Políticas de Promoção da Equidade em Saúde da SES-MG, a participação do povo negro nesses espaços consultivos do SUS é um dos instrumentos para enfrentar o racismo institucional e a discriminação nas instituições e serviços.

    “A atuação das pessoas pretas e pardas na construção de políticas de saúde e na gestão dos serviços é importante para definir ações específicas para essa população e qualificar a organização dos processos de trabalho das equipes ”, explica.

    Em construção conjunta com o Comitê, o Governo de Minas publicou, em dezembro de 2022, a Política Estadual de Saúde Integral da População Negra e Quilombola no âmbito do SUS, que estabelece ações e ferramentas para fomentar a equidade racial no serviço público de saúde estadual.

    A política está disponível em neste link.

    Determinantes sociais

    Dados dos Sistemas de Informação do SUS mostram que algumas doenças, como hipertensão, diabetes, doença falciforme e outras condições de saúde, são mais prevalentes entre pretos e pardos.

    “Quando trabalhamos todos os processos de saúde, avaliando os dados epidemiológicos e assistenciais, fica evidente o quanto a população negra tem uma maior dificuldade aos serviços, assim como apresentam dados de morbi-mortalidade muito específicos”, explica Joseane Carvalho.

    Para ela, é crucial que haja um esforço contínuo para garantir o acesso equânime. Josiane exemplifica que, estatisticamente, gestantes negras têm acesso a menos consultas de pré-natal do que as demais.

    “Também observamos uma incidência maior de complicações na gravidez e um maior risco de mortalidade materna em mulheres negras, em comparação com outros recortes de raça/cor e etnia”, complementa.

    “Por isso, além desse passo de construção social com participação da população em espaços consultivos e deliberativos do SUS, trabalhamos de forma intra e intersetorial”, afirma.

    “Todas as áreas técnicas da SES-MG, bem como de outras secretarias, compõe esse Comitê e tudo que foi planejado e consta da Política Estadual permeia os planos das áreas de forma que todos os planejamentos e ofertas, da atenção primária até a hospitalar, considerem as especificidades de determinadas populações pretas e pardas na organização dos serviços”, conclui.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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