A Secretaria de Saúde (SES-DF) vai instituir o primeiro mestrado em políticas públicas com foco em Práticas Integrativas em Saúde (PIS) do país. A iniciativa integra os 42 produtos do Colab-PIS, laboratório de colaboração em ciência, tecnologia e inovação em PIS do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal – um convênio de cooperação técnico-científica firmado entre a SES-DF, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Fundação de Apoio à Fiocruz.
O programa será ofertado pela Escola de Governo Fiocruz (EGF-Brasília), abrangendo cursos técnicos, de aperfeiçoamento e qualificação profissional, além de pós-graduação lato sensu (especialização e residências) e stricto sensu (mestrado profissional). As escolhas se basearam nos três eixos temáticos que compõem o Colab-PIS: pesquisa, formação e desenvolvimento institucional.
A expectativa é que até o fim deste ano sejam lançados os editais dos cursos de formação, quando também terá início o censo para mapear a oferta de PIS no SUS-DF. O programa estende-se até 2028 (48 meses), com investimento total de R$ 21,6 milhões – o maior orçamento já destinado à Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde (PDPIS).
Elaboração
O plano de trabalho para os cursos foi apresentado a gestores do órgão do Governo do Distrito Federal (GDF), como forma de promover a cooperação intersetorial. “Entendemos que as PIS não vão se consolidar se não houver construção conjunta e interlocução com as outras áreas”, avalia o gerente de Práticas Integrativas, Marcos Trajano. “As PIS são feitas no território, então é fundamental que possamos articular para fazer a diferença em cada um dos espaços”.
Participaram do encontro o subsecretário de Atenção Integral à Saúde, Robinson Capucho Parpinelli; o secretário-executivo de Tecnologia da Informação em Saúde, Deilton Lopes da Silva; o assessor de Gestão Estratégica e Projetos Carlos Spezia; o diretor de Áreas Estratégicas da Atenção Primária da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (Sais), Maurício Fiorenza; e o coordenador de Controle de Serviços de Saúde e de Gestão da Informação da Subsecretaria de Planejamento em Saúde (Suplans), André Dias.
Referência nacional
Há 42 anos, as PIS vêm crescendo no serviço público de saúde distrital. A PDPIS, publicada em 2014, propõe, de maneira inovadora, o emprego dessa abordagem integrada às demais práticas de cuidado em saúde – não apenas em caráter complementar. Essas características situam o SUS do DF como referência nacional na área.
Robinson Parpinelli ressaltou a necessidade de investimento em ações técnico-científicas e tecnológicas: “Sucesso no passado não garante a perpetuação no futuro. Somos os pioneiros nas PIS, e espero que continuemos a servir de modelo e exemplo para todo o país”.
Confira a íntegra do convênio.