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sexta-feira, novembro 22, 2024
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    Janeiro Roxo: Secretaria de Saúde promove campanha de conscientização sobre a hanseníase

    A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa e de evolução crônica, causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae, que tem preferência pela pele e os nervos periféricos e pode afetar qualquer pessoa. Para conscientizar a população, a Secretaria de Estado de Saúde promove neste mês a campanha “Janeiro Roxo – Conhecer e enfrentar a Hanseníase de Janeiro a Janeiro”.

    A partir das ações educacionais, de comunicação e mobilização social, somada às estratégias de sensibilização dos profissionais de saúde, a campanha tem como foco divulgar informações sobre prevenção, sinais e sintomas, diagnóstico e tratamento, para romper com estigmas e discriminação que ainda giram em torno da hanseníase.

    Segundo Marina Caldeira, coordenadora de Hanseníase da SES-MG, a estratégia da campanha é atingir os dois públicos-alvo.

    “Uma das frentes é o incentivo ao autocuidado, o diagnóstico e tratamento oportunos. A população precisa ter acesso a informações sobre hanseníase e estar atenta aos sinais e sintomas para procurar a unidade de saúde em tempo oportuno. Mas também é necessário sensibilizar e mobilizar os profissionais de saúde sobre a importância das ações de busca ativa de casos novos e a investigação de contatos, fundamentais para interromper a transmissão e assistir oportunamente as pessoas acometidas pela hanseníase. Além disso, buscamos incentivar a execução destas e outras ações pela Atenção Primária à Saúde, e que perpassam em toda a rede de atenção à saúde. Por ser a ordenadora do cuidado integral em hanseníase, as equipes precisam conhecer o cenário e fortalecer as estratégias de enfrentamento nos territórios”.

    Mais informações sobre a hanseníase estão disponíveis em neste hotsite.

    Ações da SES-MG

    A SES-MG, por meio da Coordenação de Hanseníase, está empenhada para implementar e fortalecer a “Estratégia Nacional para Enfrentamento da Hanseníase (ENEH) 2023-2030”, adequando-se à realidade do Estado. A coordenação estadual de hanseníase, em análogo ao Ministério da Saúde, definiu o “Plano Estadual de Enfrentamento da Hanseníase em Minas Gerais, 2019-2022”, pilares estratégicos de atuação para os diferentes serviços de atenção à saúde com metas relacionadas ao incremento da detecção geral de casos novos ; redução da proporção de casos novos em menores de 15 anos, e da proporção de casos novos com grau 2 de incapacidade física, decorrente da hanseníase. Entre os anos de 2017 e 2021, foram diagnosticados no estado de Minas Gerais 4.856 novos casos de hanseníase, com tendência decrescente de notificação. Em 2017 foram 1.104 novos casos; em 2018 foram 1.035 casos; em 2019 foram 1.090 casos; em 2020 foram 759 casos; e em 2021 foram 868 casos.

    O lançamento da ENEH 2023-2030, em consonância com a Estratégia Global de Hanseníase, está previsto para ocorrer no Seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”, em alusão à campanha nacional Janeiro Roxo, no período de 24 a 27/1, em Brasília/DF. A Coordenação de Hanseníase da SES-MG participou do processo de construção e foi convidada a participar desta solenidade, a convite do Ministério da Saúde.

    Atualmente, em Minas Grais, os pacientes com hanseníase são assistidos pelas equipes de atenção primária, serviços de atenção especializada, e centros de referência com atuação macrorregional, estadual e nacional. Além destes, existem quatro Casas de Saúde (antigos Hospitais-Colônias) localizadas nos municípios de Bambuí (Casa de Saúde São Francisco de Assis), Betim (Casa de Saúde Santa Isabel), Três Corações (Casa de Saúde Santa Fé) e Ubá (Casa de Saúde Padre Damião). A gestão das Casas de Saúde é realizada pela rede Fhemig – Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais, cabendo à SES-MG implementar as diretrizes nacionais e elaborar políticas públicas relacionadas ao controle do agravo e promoção da saúde e qualidade de vida dos mineiros.

    Além disso, através da Deliberação CIB-SUS/MG 2706, de 18 de abril de 2018, foi instituído o Comitê Estadual de Enfrentamento da Hanseníase, que é intersetorial e tem caráter consultivo. Em maio de 2021, o Comitê foi reestruturado, realizando reuniões mensais que fomentam os compromissos do estado e municípios.

    Sobre a hanseníase

    A doença acomete pessoas nas mais diversas idades – incluindo crianças – independentemente de gênero. A progressão da doença é lenta, e seu período de incubação é prolongado e pode durar anos. A hanseníase tem cura e, se tratada precocemente e de forma adequada, pode controlar a transmissão e evitar incapacidades e sequelas.

    A principal forma de prevenção é o diagnóstico precoce. Com o início do tratamento a pessoa deixa de transmitir a doença. O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas.

    O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é feito com medicamentos orais durante 6 a 12 meses, dependendo da forma clínica. O paciente deve comparecer mensalmente ao serviço de saúde para ser examinado, receber a medicação e orientações.

    II Webinar Estadual de Hanseníase

    Como parte da Campanha Janeiro Roxo, a SES-MG promove entre os dias 31/1 e 2/2 o “II Webinar Estadual de Hanseníase”. Os encontros virtuais são abertos à participação de todos e não é necessária inscrição prévia. As atividades começam às 14h, com duração de três horas e transmissão pelo Canal da SES-MG no Youtube.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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