Depois do Dia D de Vacinação contra o sarampo, gripe e covid-19, realizado no sábado (30/4), a campanha de imunização segue no estado.
Em Minas Gerais, de acordo com o painel do Ministério da Saúde, até 2/5, a cobertura vacinal contra o sarampo é de 19,47% das crianças com idade de 6 meses a menores de 5 anos de idade, e 28,27% dos trabalhadores da saúde. O público estimado para receber as doses do imunizante é de 1.165.916 e 606.091 pessoas, respectivamente. A meta é chegar a 95 %.
Já em relação à vacinação contra a gripe, os dados do painel apontam, até a mesma data, a cobertura de 34,5% do grupo de pessoas com 60 anos ou mais de idade, de um total estimado de 3.442.911 pessoas. No grupo de trabalhadores da saúde, a cobertura é de 35,6%. Foram aplicadas 215.839 doses, de um total estimado de 606.091. A meta é chegar a 90%.
Quanto às crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, que foram contempladas na campanha da influenza a partir do dia 30/4, a cobertura é de 5%. Foram aplicadas 58.654 doses de um total estimado de 1.165.916.
O público total estimado para receber as doses contra a gripe durante toda a campanha é de 8.299.488 pessoas.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o objetivo da ação é aumentar a proteção da população que pertence aos grupos prioritários das campanhas contra as doenças.
Segundo a coordenadora do Programa de Imunizações da SES-MG, Josianne Gusmão, as ações de mobilização em todo estado pretendem facilitar e ampliar o acesso das pessoas que não conseguem ir aos postos de saúde durante a semana para se imunizarem e alertar para o fato de que a cobertura contra o sarampo e gripe, considerando o público estimado, ainda é considerada baixa.
“Vacinas salvam vidas. A vacinação é a medida mais eficaz na prevenção de doenças e por isso as pessoas incluídas nos grupos prioritários precisam ser vacinadas. A vacinação interrompe a circulação do vírus, protege a população, além de reduzir a sobrecarga sobre os serviços de saúde”, alerta.
Para ampliar a imunização da população, a SES-MG tem orientado e recomendado aos municípios a realização de estratégias de vacinação que extrapolam as salas de vacinas, como realização de busca ativa de faltosos pelas equipes de saúde da família (atenção primária); extensão do horário de funcionamento das salas de vacinação; vacinação extra muro; divulgação de material nas mídias digitais referente a vacinação contra influenza e sarampo, entre outras.
Sarampo
A 8ª Campanha Nacional de Seguimento contra o Sarampo segue até o dia 3/6. O objetivo é imunizar, indiscriminadamente, crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade e também os trabalhadores da saúde.
Gripe
No caso específico da influenza, a campanha também segue até o dia 3/6. No período, podem se vacinar as pessoas que integram os grupos prioritários da primeira etapa da campanha (idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde), também as crianças de 6 meses a menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias) e pessoas que estão incluídas nos grupos prioritários da segunda etapa, iniciada em 2/5.
Nesta segunda fase, o público estimado para receber o imunizante é de 4.250.486 pessoas e estão incluídas as gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança, salvamento e forças armadas, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
Covid
Segundo o painel do Vacinômetro, 58% das pessoas acima de 18 anos receberam a primeira dose de reforço contra covid. Já a segunda dose de reforço está em menos de 3%.
Com relação às crianças, 69% tomaram a primeira dose e apenas 34,5% receberam a segunda injeção. A estimativa é a de que cerca de 500 mil meninos e meninas estejam com o calendário da vacina contra covid em atraso. “Pais, não deixem de levar os filhos para completar o esquema vacinal. Só assim as crianças estarão realmente protegidas”, diz o secretário de Saúde, o médico Fábio Baccheretti.