A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está recebendo nesta semana representantes do Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) do Ministério da Saúde (MS) e membros da Organização Panamericana de Saúde (Opas) para o apoio às ações de enfrentamento à dengue, zika e chikungunya no estado.
Segundo Eduardo Prosdocimi, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, o esforço conjunto visa integrar e fortalecer ações de manejo clínico, atenção primária e especializada, com a capacitação dos municípios mineiros, em especial nas regiões com alta incidência de casos dessas arboviroses. “Nesse sentido, a SES-MG reforça o apoio aos municípios por meio das 28 regionais de saúde, a fim de oferecer um melhor atendimento à população”, explica.
Carlos Frederico Campelo de Albuquerque, oficial nacional de Arboviroses da Opas, destaca a integração promovida no encontro da instituição com a SES-MG.
“As ações estão começando de forma conjunta nos estados. Além de Minas Gerais, Espírito Santo e Tocantins estão promovendo ações. Nos próximos dias, Bahia e Santa Catarina também participarão”, informa.
“A Opas é um órgão de cooperação técnica das Nações Unidas para a saúde e é nossa missão cooperar com os países membros nessa resposta. No caso específico do Brasil, apoiamos, alinhados ao MS, ações estaduais de prevenção, controle e resposta às emergências”, explica.
Agenda
Já houve reunião presencial entre as equipes, na Sala de Situação de Arboviroses, nesta segunda-feira (20/3), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
Ao longo da semana, técnicos da SES-MG, do MS e da Opas farão visitas e acompanhamentos em municípios das Unidades Regionais de Saúde de Sete Lagoas e de Uberlândia.
Nos dias subsequentes, a experiência compartilhada pelos técnicos da SES-MG, Opas e do MS será replicada para as outras URS e municípios, por meio da da Sala de Situação de Arboviroses, de forma remota junto às áreas técnicas da secretaria, de modo a alcançar demais localidades.
De acordo com Morgana Caraciolo, epidemiologista de campo da Coordenação Geral de Arboviroses do MS, a equipe pretende realizar um diagnóstico da rede de assistência, identificar fragilidades, verificar fluxos laboratoriais e ações de controle vetorial. “Nosso intuito é fortalecer a capacidade de resposta no sentido de gestão da informação, a fim de verificar o suporte laboratorial, o tempo de oportunidade das amostras, o tempo de resultado, a capacidade de insumos e as ações de controle vetorial em localidades com alta incidência das arboviroses”, afirma.
“Para isso, além de realizar reuniões com a Vigilância Epidemiológica estadual e municipais, vamos visitar algumas unidades de saúde que são estratégicas do ponto de vista de referência para o atendimento e tratamento de arboviroses urbanas”, explica Morgana.
Para Danielle Capistrano, coordenadora Estadual de Vigilância das Arboviroses, o trabalho em conjunto com a Opas e o MS será importante para o enfrentamento da dengue e chikungunya nos municípios que são pontos de atenção. “É um momento de unir forças e lançar estratégias para que consigamos combater as doenças. Nosso primeiro desafio é diminuir a transmissão dos casos com o controle do vetor e cuidar dos pacientes, reduzindo seu agravamento e consequente risco de óbitos”, conclui.
Panorama
Até 20/3, Minas Gerais registrou 105.439 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 35.678 casos foram confirmados para a doença. Há 13 óbitos confirmados por dengue em Minas Gerais e 52 óbitos em investigação.
Em relação à febre chikungunya, foram registrados 32.572 casos prováveis da doença, dos quais 9.306 foram confirmados. Este ano, foram confirmados dois óbitos por chikungunya em Minas Gerais e 13 estão em investigação.
Quanto ao vírus zika, até o momento foram registrados 130 casos prováveis. Há seis casos confirmados para a doença e não há óbitos por zika em Minas Gerais, até o momento.
O Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de dengue, chikungunya e zika é publicado semanalmente pela SES-MG e pode ser acessado aqui.
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