O 7º Encontro do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) é também uma oportunidade para os governadores de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul trocarem experiências, de forma complementar às discussões sobre pontos comuns e sensíveis aos estados.
Neste segundo dia do evento, na capital fluminense, foi a vez de o governador de Minas Gerais, Romeu Zema apresentar o programa Trilhas de Futuro. Parceria público-privada de sucesso, a iniciativa já está fortalecendo o mercado de trabalho e o desenvolvimento econômico do estado.
“Nesse momento, temos 140 mil alunos fazendo cursos técnicos em escolas particulares, que o Estado paga e ainda fornece auxílio alimentação e transporte. Hoje, as empresas encontram dificuldades para contratar pessoas qualificadas. O Trilhas de Futuro busca exatamente isso: a formação de jovens e adultos para o mercado de trabalho”, explicou.
Zema ressaltou, ainda, a rápida execução do projeto para atendimento à demanda por mão de obra de qualidade. Com os parceiros, a formação ganha mais agilidade, sem que dependa, para começar, de instalação de novas unidades ou de realização de longos processos de contratação.
“Tudo isso fica por conta do setor privado. É algo diferente e que já mostramos que dá resultado positivo. O programa foi lançado há dois anos e já temos profissionais formados por ele”, disse.
Saneamento
A universalização do fornecimento de água, o tratamento de esgoto e obras contra enchentes foram outros exemplos mencionados pelo chefe do Executivo mineiro. Os projetos, sem apoio de parceiros, representariam um custo direto de R$ 100 bilhões aos cofres públicos.
“O Estado em dificuldade financeira, com toda certeza, não terá condições de levar isso adiante. Então, o Novo Marco do Saneamento, as concessões e as privatizações são fundamentais para que projetos importantes saiam do papel”, afirmou.
Pacto Federativo
No encontro, o governador Romeu Zema voltou a defender a revisão do Pacto Federativo. Ele lembrou que o governo federal, de forma unilateral, desonerou os combustíveis no ano passado com o objetivo de conter a escalada dos preços, o que provocou queda na arrecadação dos municípios.
Como os estados que compõem o consórcio (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) respondem por 80% do recolhimento federal de tributos, o governador enfatizou a importância de uma prévia negociação com os governadores, que permitiria o estudo e alinhamento de compensações, por exemplo.
“O que buscamos com o Cosud é fortalecer a representatividade e a força que temos no Brasil. Estados e municípios têm compromisso assumidos e planos sendo executados. Queremos desenvolver e ajudar todo o Brasil, mas não podemos ser penalizados”, afirmou.