O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), confirmou presença na reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com governadores para tratar sobre os atos de terrorismo em Brasília. Na tarde desse domingo (08/01), bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Vou participar sim. A reunião está agendada para as 18 horas. Já pedi mudanças aqui na minha agenda, porque precisamos estar todos alinhados para que a nossa democracia seja preservada”, disse Zema, em entrevista à CNN Brasil.
A reunião foi marcada por Lula, que convocou todos os governadores do Brasil. O intuito é discutir com os mandatários estaduais, as estratégias necessárias para que os atos terroristas não se repitam em outros estados.
Os governadores e o Executivo Federal também pretendem mostrar união, deixando de lado ideologias políticas, em prol de barrar qualquer retomada golpista. Eles também devem promover um manifesto pela democracia contra a ação organizada dos vândalos que destruíram prédios dos Três Poderes da República.
Zema repudiou os atos
O governador mineiro usou as redes sociais para repudiar os atos de vandalismo no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, que aconteceram neste domingo (8/1). Em seu perfil no Twitter, Zema disse que não se pode confundir “liberdade” com a depredação de órgão públicos.
Zema, que chegou a fazer campanha para Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, disse que os atos antidemocráticos dos apoiadores extremistas são inaceitáveis.
“Em qualquer manifestação deve prevalecer o respeito. É inaceitável o vandalismo ocorrido hoje em Brasília. A liberdade de expressão não pode se misturar com depredação de órgãos públicos. No final, quem pagará seremos todos nós”, escreveu em seu Twitter.
Invasão em Brasília
Na tarde de domingo (08/01), no Distrito Federal, bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional se manifestando contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro de 2022.
Desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro, apoiadores extremistas protestam contra o resultado das urnas e demandam intervenção militar em todo o país.
No ápice do extremismo, bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, Congresso e STF.
No ato terrorista, partes do patrimônio público – como mesas, cadeiras e armários – foram depredadas pelos extremistas. Dentro do STF, arrancaram a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, principal desafeto dos bolsonaristas.
Com a invasão ao Congresso, Lula decretou a intervenção federal na segurança do Distrito Federal (DF). Ricardo Garcia Capelli, atual secretário-executivo do Ministério da Justiça, será o interventor no DF. A intervenção será feita no âmbito da segurança pública até o dia 31 de janeiro.
Em meio a críticas da falta de medidas por parte do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para conter os manifestantes, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o afastamento do governador por 90 dias.