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quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Inédito: DF deve contar com censo periódico sobre população em situação de rua

    O Distrito Federal é pioneiro na realização de uma pesquisa sobre a população de rua. Foi publicado no Diário Oficial do DF (DODF) desta quarta-feira (7) o Decreto nº 45.474, que institui a realização periódica da pesquisa Censo Distrital da População em Situação de Rua, a cada dois anos. A pesquisa deverá, por meio de questionário censitário, contar essa população e coletar informações úteis para subsidiar a elaboração e a implementação de políticas públicas eficazes.

    A coleta de dados deverá ser realizada no segundo semestre de 2024 | Foto: Divulgação/IPEDF

    O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) trabalha nessa pauta em parceria com as secretarias de Desenvolvimento Social (Sedes) e de Justiça e Cidadania (Sejus). Para o presidente do IPEDF, Manoel Clementino, essa é uma pesquisa que mostra o olhar atento do governo para um assunto tão sensível. “Subsidiar o debate sobre a população de rua no DF com evidências científicas é permitir que as políticas públicas estejam em consonância com a real necessidade dessa população”, completa.

    Para a diretora de Estudos e Políticas Sociais do Instituto, Marcela Machado, “a publicação do decreto garante que as informações sobre a população em situação de rua no DF estejam em constante atualização. O pioneirismo do DF em encampar o decreto faz com que o governo tenha a real dimensão sobre quantas pessoas estão em situação de rua no momento da realização da pesquisa, fato que é mais difícil de se obter se focarmos apenas em dados administrativos, como os oriundos do CadÚnico”.

    A pesquisa deverá coletar dados junto a pessoas em situação de rua, em serviços de acolhimento ofertados pela Sedes, em comunidades terapêuticas, operadas pela Sejus ou credenciadas junto ao Conselho de Políticas sobre Drogas (Conen-DF). A área de Justiça e Cidadania garantirá acesso aos pesquisadores nos espaços de acolhimento das comunidades terapêuticas, as quais estiverem conveniadas, em dias e horários previamente combinados entre os responsáveis pela pesquisa e os coordenadores das unidades.

    A coleta de dados deverá ser realizada no segundo semestre de 2024. Para a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra, a elaboração será realizada a muitas mãos, enriquecendo esta poderosa ferramenta pública. “A Sedes, com olhar técnico e sensível a individualidade de cada cidadão assistido, colabora desde a concepção, trazendo questões críticas à execução de políticas públicas para esta população. Os resultados, por sua vez, nortearão decisões diárias, e agora também comparativas, pois o decreto estabelece a bianualidade da pesquisa. Estratégia fundamental para aprimorar nossas políticas de assistência e desenvolvimento social no DF”, ressalta.

    A pesquisa deverá coletar dados junto a pessoas em situação de rua, em serviços de acolhimento ofertados pela Sedes, em comunidades terapêuticas, operadas pela Sejus ou credenciadas junto ao Conselho de Políticas sobre Drogas (Conen-DF)
    Já a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destaca que “é de extrema importância o fortalecimento das políticas, ações e projetos direcionados à população em situação de rua no Distrito Federal e a realização periódica da pesquisa é de grande valia para as decisões a serem tomadas para a referida população. A Sejus reforça o compromisso, enquanto Estado, nas pautas de proteção, respeito e valorização da vida”.

    Os dados serão coletados por meio de questionários estruturados, com dados sociodemográficos; como sexo de nascimento; orientação sexual; raça/cor; data de nascimento ou idade; tempo em situação de rua; se está acompanhado/a de alguma criança na rua; se sempre residiu no Distrito Federal; nacionalidade, com identificação de situação migratória; existência de vínculo com moradia fixa; se recebe algum benefício do governo e quais são eles, entre outros.

    A pesquisa, por meio do censo, visa balizar o governo na implementação de políticas públicas específicas para essa população e vai contemplar informações sobre crianças e adolescentes em situação de rua por meio de questionário específico.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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