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sexta-feira, novembro 22, 2024
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    Rede pública do DF vacina pacientes em condições clínicas especiais contra HPV

    A vacinação é o meio mais seguro e eficaz de se prevenir contra a infecção do papilomavírus humano (HPV). A rede pública de saúde do Distrito Federal atua conforme as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para imunizar a população. Crianças e pré-adolescentes de 9 a 14 anos seguem o esquema de duas doses e intervalo recomendado de seis meses entre a primeira e a segunda administração da vacina.

    No DF, a cobertura vacinal entre as meninas é maior que no público masculino. De acordo com a gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde (SES), Tereza Pereira, desde o início de 2023, a cobertura vacinal da segunda dose foi administrada em 56,6% das meninas e somente em 25,6% dos meninos. Ela alerta para a importância da administração das doses: “A vacina tem o potencial de prevenir casos de câncer relacionados ao vírus e pode reduzir a ocorrência de verrugas genitais e lesões pré-cancerosas no pênis, ânus, vulva e vagina”.

    A enfermeira Ligiane Seles, 46, já tem o hábito de manter atualizado o cartão de vacina do filho, Caio Seles, 15. O adolescente tomou as duas doses contra o HPV. “A primeira foi aplicada quando ele tinha 12 anos, no primeiro semestre de 2020, e a segunda dose, com 13 anos. A única coisa que ele relatou foi dor no local da aplicação, e não teve nenhuma reação após a vacinação”, conta.

    Homens e mulheres de 9 a 45 anos que possuem o HIV/Aids, indivíduos transplantados de órgãos ou medula óssea, pacientes oncológicos ou imunossuprimidos também devem ser imunizados. Nesses casos, é necessária a prescrição médica para a aplicação da vacina na rede pública. Para essas pessoas, o esquema vacinal será de três doses, e o intervalo mínimo entre a primeira e a segunda é de 30 dias. Já entre a segunda e a terceira dose, é de 90 dias. O imunizante é contraindicado para gestantes e alérgicos aos componentes da vacina.

    Onde tomar a vacina?

    “O contato genital, pele a pele, é um modo de transmissão reconhecido. É importante que as mulheres façam o exame Papanicolau regularmente, pois ele permite identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero”

    Fabyanne Borges, ginecologista da SES

    Para auxiliar na prevenção, a SES oferece a vacina quadrivalente, que protege contra os vírus dos tipos 6, 11, 16 e 18, para meninos e meninas de 9 a 14 anos, em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) da capital. A lista dos locais de vacina está disponível aqui.

    Os indivíduos que fazem parte do grupo de imunobiológicos especiais serão vacinados nas unidades do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), distribuídas entre Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Regional da Ceilândia (HRC), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital Regional de Planaltina (HRP) e Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

    HPV

    O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Trata-se de um vírus capaz de infectar tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal de homens e mulheres, provocando verrugas ou lesões que podem evoluir para um câncer, como de colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe.

    A principal forma de transmissão desse vírus ocorre por meio de relações sexuais, mas também pode haver o contágio sem penetração desprotegida, como explica a ginecologista Fabyanne Borges, da SES. “O contato genital, pele a pele, é um modo de transmissão reconhecido. É importante que as mulheres façam o exame Papanicolau regularmente, pois ele permite identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero”, alerta.

    A médica afirma ainda que, na maioria dos casos, os portadores de HPV não apresentam nenhum sintoma, mas podem infectar outros indivíduos. Segundo a profissional, a baixa imunidade pode provocar a multiplicação do vírus e, consequentemente, o aparecimento de lesões. Segundo o Ministério da Saúde, as primeiras manifestações do HPV surgem entre, aproximadamente, dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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