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sexta-feira, novembro 22, 2024
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    Secretaria oferece 180 vagas para formação profissional à mulheres em situação de vulnerabilidade

    As alunas do Projeto Mulheres Mil concluem, neste mês de abril, os cursos de cuidadoras de idosos e recepcionistas. Com os certificados em mãos, elas esperam voltar ao mercado de trabalho e transformar a própria realidade.

    “Nossa meta é acolher as mulheres em todas as suas necessidades. Parcerias como essas são importantes para que a formação seja realizada de acordo com as demandas do mercado, sendo essa uma parte crucial para promover a inclusão e a autonomia econômica. Isso permite que essas mulheres desenvolvam habilidades e competências que as tornem mais preparadas para enfrentar os desafios do mercado de trabalho”

    Giselle Ferreira, secretária da Mulher

    A iniciativa é uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Instituto Federal de Brasília (IFB). Sob a coordenação da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF), oferece formação profissional gratuita para 180 mulheres em situação de vulnerabilidade. As participantes também recebem auxílio para assistência estudantil, proporcional à carga horária e frequência mensal nas aulas.

    A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, defende que a capacitação oferecida pelo Mulheres Mil é uma forma de acolhimento para elas, bem como uma ferramenta de combate à desigualdade de gênero.

    “Nossa meta é acolher as mulheres em todas as suas necessidades. Parcerias como essas são importantes para que a formação seja realizada de acordo com as demandas do mercado, sendo essa uma parte crucial para promover a inclusão e a autonomia econômica. Isso permite que essas mulheres desenvolvam habilidades e competências que as tornem mais preparadas para enfrentar os desafios do mercado de trabalho”, ressalta a titular da pasta.

    O Projeto Mulheres Mil, uma parceria entre o GDF e o IFB, oferece formação profissional gratuita para 180 mulheres em situação de vulnerabilidade. As participantes também recebem auxílio para assistência estudantil, proporcional à carga horária e frequência mensal nas aulas | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

    As primeiras turmas iniciaram o curso em 19 de fevereiro, com término previsto para 25 de abril. As inscrições para a nova fase do projeto serão abertas no fim do mês, dias antes do início do novo ciclo de formação, em 2 de maio.

    As aulas ocorrem de segunda à sexta-feira pela manhã, em equipamentos públicos da Secretaria da Mulher, tanto na Casa da Mulher Brasileira (CMB) em Ceilândia, quanto no Empreende Mais Mulher, espaço localizado na agência do trabalhador de Taguatinga.

    Fortalecimento e autonomia

    De acordo com Nilzélia Oliveira, representante da coordenação do curso no IFB, o foco do programa é “propiciar oportunidades para que essas mulheres voltem ao mercado de trabalho senhoras de si e capacitadas”

    Além das disciplinas técnicas voltadas para a área de atuação, o conteúdo do curso inclui noções de empreendedorismo, habilidades interpessoais e Direitos da Mulher. Temas que, além da profissionalização, garantem uma formação voltada para a cidadania.

    “Este é um programa que foca no gênero feminino – mulheres cis e trans, em estado de vulnerabilidade, podem fazer o curso. E não é que as mulheres em si sejam vulneráveis, mas essas estão em processo de vulnerabilidade. Seja pela violência, seja pela questão da renda mais baixa, seja pelo acesso à educação, que muitas vezes não foi ofertado na época correta”, explica Nilzélia Oliveira, representante da coordenação do curso no IFB.

    De acordo com ela, o foco do programa é “propiciar oportunidades para que essas mulheres voltem ao mercado de trabalho senhoras de si e capacitadas.”

    Para Vânia Guimarães de Sousa, que vivia o luto pela perda dos pais, o curso representa uma oportunidade de renovação e amadurecimento: “Estou criando várias expectativas, me sinto preparada para voltar a trabalhar. As portas estão abertas, eu recebi três convites de emprego. Estou apenas aguardando o certificado”

    Para Vânia Guimarães de Sousa, de 40 anos, o curso representa uma oportunidade de renovação e amadurecimento, após um período difícil de perdas na família.

    “Eu estava vivendo um luto, depois de perder os meus pais, e as aulas estão me ajudando muito. Estou criando várias expectativas, me sinto preparada para voltar a trabalhar. As portas estão abertas, eu recebi três convites de emprego. Estou apenas aguardando o certificado”, conta.

    Nova chance

    Outra aluna da turma, Tatiane Pires, 25, está muito satisfeita com o curso. Após precisar interromper os estudos por questões financeiras, o que mais a atraiu para a capacitação em cuidadora de idosos foi a possibilidade de voltar a trabalhar com a área da saúde.

    De acordo com a gerente do espaço de Capacitação da Mulher da CMB de Ceilândia, Heldane Araújo, nesta edição, o diferencial é que o projeto deixou de ter um caráter regional e passou a receber inscrições de diversas regiões administrativas

    “Estou achando o curso de cuidadora de idosos maravilhoso. O que me motivou foi ter tantas disciplinas ligadas aos cuidados com a saúde. Mas, além disso, são ótimas disciplinas. Eu recomendo muito, inclusive já incentivei outras pessoas a participarem.”

    O programa Mulheres Mil foi instituído há mais de 12 anos, com um impacto significativo na vida de muitas alunas. Nesta edição, o diferencial é que o projeto deixou de ter um caráter regional e passou a receber inscrições de diversas regiões administrativas, de acordo com a gerente do espaço de Capacitação da Mulher da CMB de Ceilândia, Heldane Araújo.

    “Temos alunas aqui de Ceilândia – Centro, P Sul, P Norte –, Samambaia e Águas Lindas de Goiás. O raio que estamos abraçando é cada vez maior. Eu digo pra elas: vocês vão galgar um caminho novo na vida de vocês, e abrir portas para outras mulheres que também estão na mesma situação, para que elas também possam se fortalecer.”

    Oportunidades para elas

    O Projeto Mulheres Mil faz parte de um núcleo extenso de iniciativas voltadas para mulheres desenvolvidas pelo GDF. Ele integra o eixo de atuação da Autonomia Econômica, liderado pela subsecretaria de Promoção das Mulheres da SMDF.

    Com diversos programas, projetos e ações desenvolvidos, as iniciativas visam promover a inserção da mulher no mercado de trabalho, além de incluir ações de acolhimento, apoio e capacitação para a empregabilidade, o empreendedorismo e geração de renda.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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