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quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Instituto Mineiro de Agropecuária certifica primeira granja de frango caipira

    Certificação feita por órgão público de defesa agropecuária é inédita. Custo é simbólico para o produtor, de acordo com o IMA

    O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o primeiro órgão de defesa agropecuária do Brasil a fazer a certificação de uma granja de frango caipira. A granja certificada está instalada no município de Lagoa da Prata, região centro-oeste de Minas Gerais, e recebeu o selo do Programa Certifica Minas Frango Caipira.

    A granja possui dois hectares e investiu perto de R$ 20 mil na adequação das instalações. A propriedade cumpriu as normas estabelecidas para a certificação, incluindo os quesitos socioambientais – como o tratamento de resíduos poluentes provenientes de atividades agroindustriais, por exemplo.

    O frango caipira é uma ave rústica, de crescimento lento e resistente ao clima tropical. Seu principal diferencial em relação às demais aves é que a criação oferece baixo custo ao produtor, pois ele pode aproveitar a infraestrutura de sua propriedade, adaptando as exigências sanitárias. A ave também faz parte da tradição culinária de Minas, iniciada ainda na época da colonização.

    Mais mercado

    O médico veterinário do IMA, Maurício Teixeira Pontes, é o coordenador do programa de certificação. Ele relata que a produção de frango caipira começa a conquistar espaço no mercado interno brasileiro como atividade econômica atrativa.

    “A criação do frango caipira é especialmente viável para os agricultores familiares porque o custo da criação é mais baixo do que o das aves criadas em granjas comerciais. Além disso, atende às necessidades do consumidor atual, que se preocupa com a origem, qualidade e com o impacto socioambiental na produção dos alimentos”, observa Pontes.

    De acordo com o médico veterinário do IMA, Maurício Pontes, o processo de certificação possibilita a redução de perdas no processo produtivo, a partir da adoção de boas práticas administrativas que melhoram a gestão. É oportunidade, também, para se diferenciar no mercado com maior valor agregado ao seu produto e, com isso, ampliar as vendas.

    “A criação oferece também baixo custo ao produtor, pois ele pode aproveitar a infraestrutura de sua propriedade, adaptando as instalações às exigências para a certificação”, diz.

    A tendência de crescimento no mercado, inclusive, se confirma na prática. Isto porque, após a certificação, a granja de Lagoa da Prata fechou contrato com uma rede de supermercados da região para o fornecimento de duas mil aves a cada 70 dias, tempo do ciclo de criação dos animais até serem encaminhados ao abate, como informa a proprietária, Cátia Borges Ferreira.

    “A certificação aumentou a visibilidade do meu produto num mercado onde o consumidor tende a buscar alimentos mais saudáveis e de qualidade. “Nossos frangos não recebem aditivos como antibióticos e antimicrobianos para o crescimento, o que torna a sua carne mais saborosa”, observa.

    A produtora se formou em Zootecnia em 2010 e, no mesmo ano, começou a criar as aves por interesse profissional. Ela buscou o registro municipal (SIM) e, em seguida, se adequou ao selo do IMA. Cátia também possui mestrado e doutorado em avicultura.

    Selo

    A portaria nº 1.833, publicada pelo órgão em 4 de julho de 2018, instituiu o Programa Certifica Minas Frango Caipira. O objetivo da ação é promover a produção segura dessa ave, com a adoção de normas sanitárias.

    Entre os quesitos exigidos para a certificação estão também a gestão da propriedade, com a análise de custos de produção e de infraestrutura, e o acesso das aves a piquetes de pastejo protegidos à entrada de outros animais e pessoas.

    Na área de manejo, é necessário respeitar a densidade máxima das aves a pasto. No âmbito da sanidade, é necessária a aplicação das vacinas e a realização dos exames nas aves determinados pela legislação.

    Na área de bem-estar animal, a certificação prevê que as aves sejam criadas livremente para expressar o comportamento natural da espécie. No transporte, armazenamento e processamento final são verificadas normas que buscam garantir um produto final dentro dos padrões higiênico-sanitários estabelecidos pela legislação.

    O produtor interessado em certificar sua granja passa por etapas para a adequação às normas sanitárias estabelecidas pelo IMA. Para tanto, são realizadas verificações nas instalações (galpões e abatedouro), entrevistas e checagem de registros (documentos, notas fiscais, recibos, anotações), de modo a cumprir todas as etapas do processo produtivo.

    Caso sejam encontradas não conformidades, o produtor deverá realizar ações corretivas no prazo estabelecido e enviá-las ao instituto.

    O custo da certificação, segundo o IMA, é simbólico para o produtor, no valor aproximado de R$ 325. Para conquistar o selo, o produtor precisa seguir oito etapas, que podem ser consultadas no site do IMA.

    No menu do site, basta acessar a aba “certificação” e escolher a opção “Programa Certifica Minas Frango Caipira”.Na página, o produtor pode se informar sobre todo o caminho necessário para obter o selo, desde as normas sanitárias que regem a produção, até os documentos necessários para entrar com o processo.

    FONTE: Agência Minas



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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