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quinta-feira, novembro 21, 2024
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    Secretaria de Saúde alerta para prevenção e sintomas no Dia Mundial de Combate à Meningite

    Embora o registro de casos de meningite no Brasil e em Minas Gerais seja esperado ao longo de todo o ano, dado que os agentes infecciosos da doença circulam no território brasileiro, esse agravo segue sendo uma preocupação para a saúde pública.

    Por isso, no Dia Mundial de Combate à Meningite (5/10), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta para os possíveis sintomas da doença.

    O subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, destaca que, devido à gravidade do quadro clínico, os casos demandam, em geral, a internação dos pacientes.

    “Por se tratar de uma doença grave, sintomas como dor de cabeça, febre, vômitos associados a quadros de prostração intensa, irritação, rigidez de nuca ou convulsão indicam a necessidade de assistência médica com urgência”, afirma.

    Como ocorre a transmissão?

    A meningite ocorre a partir de infecção, causada por vírus, bactérias, fungos ou parasitas, que causa a inflamação das meninges (membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal).

    No caso da meningite bacteriana, o agente infeccioso passa de uma pessoa para outra pelas vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli.

    As meningites virais podem ser transmitidas de diferentes formas, a depender do vírus causador da doença.

    No caso dos Enterovírus, a contaminação é fecal-oral, e o vírus pode ser adquirido por contato próximo (tocar ou apertar as mãos) com uma pessoa infectada; tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos, trocar fraldas de uma pessoa infectada, beber água ou comer alimentos crus que contenham o vírus. Já os arbovírus são transmitidos por meio da picada de mosquitos contaminados.

    A meningite fúngica, por sua vez, não é transmitida de pessoa para pessoa. Geralmente os fungos são adquiridos pela inalação dos esporos (pequenos pedaços de fungos) que entram nos pulmões e podem chegar até as meninges. Alguns fungos encontram-se em solos ou ambientes contaminados com excrementos de pássaros ou morcegos.

    Um outro fungo, chamado Cândida, que também pode causar meningite, geralmente é adquirido em ambiente hospitalar.

    Os parasitas que causam a doença não são transmitidos de uma pessoa para outra e, normalmente, infectam somente animais. As pessoas são infectadas pela ingestão de produtos ou alimentos contaminados que tenham a forma ou a fase infecciosa do parasita.

    Diagnóstico

    Frente a um possível caso de meningite, o médico solicita a coleta de amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano (líquor), para diagnosticar e detectar o agente infeccioso. Essa identificação específica é importante para o profissional saber exatamente como se deve tratar a infecção.

    Todos os exames laboratoriais para diagnóstico de meningite estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e são solicitados pela equipe médica ou de vigilância epidemiológica durante o acompanhamento do caso.

    Tratamento

    Quanto às formas de tratamento da meningite, no caso da bacteriana é usada a antibioticoterapia em ambiente hospitalar, com drogas de escolha e dosagens terapêuticas prescritas pelos médicos assistentes do caso. Também é recomendado um tratamento suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.

    Já para a maioria dos casos de meningite viral, não se faz tratamento com medicamentos antivirais. Geralmente, as pessoas com esse quadro clínico são internadas e monitoradas quanto a sinais de gravidade, e se recuperam espontaneamente.

    Porém, alguns vírus, como herpesvírus, podem provocar meningite com necessidade de uso de antiviral específico. A conduta adequada sempre será determinada pela equipe médica que acompanha o caso.

    Nas meningites fúngicas, o tratamento é mais longo, com altas e prolongadas dosagens de medicação antifúngica, definida de acordo com o fungo identificado no organismo do paciente. A resposta ao tratamento também dependerá da imunidade da pessoa, e pacientes com história de HIV/Aids, diabetes, câncer e outras doenças imunodepressoras são tratados com maior rigor e cuidado pela equipe médica.

    Nas meningites por parasitas, tanto o medicamento contra a infecção quanto as medicações para alívio dos sintomas são administrados por equipe médica em paciente internado.

    Nesses casos, sintomas como dor de cabeça e febre são bem fortes, por isso, a medicação de alívio dos sintomas se faz tão importante quanto o tratamento contra o parasita.

    Dessa forma, dada a complexidade da doença, em caso de aparecimento de sintomas, a recomendação é buscar atendimento médico o mais rápido possível, para que o usuário possa fazer a testagem. Se confirmado para meningite, a equipe de saúde poderá avaliar o quadro e definir a conduta mais adequada para o atendimento do paciente.

    Cenário epidemiológico e prevenção

    Em 2024, até 30/8, foram registrados no estado 536 casos e 74 óbitos por meningite, considerando todas as etiologias da doença.

    As vacinas que previnem a meningite, disponibilizadas pelo SUS, são: pneumocócica, meningo c, meningocócica ACWY e pentavalente.

    De acordo com Eduardo Prosdocimi, a vacinação continua sendo a principal forma de prevenir a meningite. Por isso, manter o cartão de vacinas atualizado é fundamental.

    “Como voltamos a atingir a meta da cobertura vacinal para meningite C, a expectativa é de que, no médio prazo, haja uma redução do número de casos no cenário epidemiológico do estado”, destaca.

    A cobertura da vacina contra a meningite C ou doença meningocócica, em Minas Gerais, em 2024, atingiu a marca de 105,74%, dez pontos percentuais acima da meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS), que é de 95%. A dose de reforço do imunizante também ultrapassou a meta neste ano, chegando aos 102,96%.

     



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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