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quinta-feira, setembro 19, 2024
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    “Quem Ela Pensa que É?”: Série documental com protagonismo feminino e nordestino estreia em 1º de agosto

    Cinco episódios, cinco mulheres nordestinas e uma pergunta que ressoa profundamente:  “Quem ela pensa que é?”.  Essa é a premissa da nova série documental dirigida pela pernambucana Natara Ney. Co-produzida pela Kilomba Produções, Arrudeia Produções e Cultne, filmada nas cidades e comunidades das protagonistas, nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba. A estreia está marcada para o dia 1º de agosto de 2024, às 19h, com novos episódios lançados toda quinta-feira, durante cinco semanas, com reapresentação aos domingos, no mesmo horário.

    Será possível assistir ao “Quem ela pensa que é?” gratuitamente no streaming Cultne TV (www.cultne.tv), no Canal 2134 do Samsung TV Plus e na plataforma da Pluto TV. A distribuição da série é resultado de uma parceria entre Kilomba, Arrudeia e Cultne, fruto de um sonho cultivado ao longo de anos de colaboração e respeito mútuo. Juntas, essas produtoras se uniram com o propósito de ampliar a visibilidade de narrativas que historicamente têm sido silenciadas. Cultne TV é o primeiro canal da televisão brasileira 100% dedicado à cultura negra, e reafirma seu compromisso com a diversidade e a representatividade ao acolher essa produção que destaca o protagonismo negro e feminino.

    A série coloca em evidência as trajetórias e ações dessas mulheres que mobilizam seus territórios. “Destas mulheres eu já ouvia falar há muito tempo, ouvi contar sobre a importância de cada uma. Donas de suas vidas, elas aprenderam, desde cedo, que nada vem dos céus, usam seus talentos para provocar mudanças fundamentais nos lugares onde vivem. São belas, amorosas e amadas. No fundo, esta é mais uma história de amor, amor-próprio e pelo lugar onde vivem. Elas desenham futuros possíveis. E querem deixar suas assinaturas no mundo”, ressalta a diretora Natara Ney, da Arrudeia Produções.

    Protagonistas

    Idiane Crudzá – Créditos para Barretinho – DAFB

    De Pernambuco, narram suas histórias, a grafiteira Nathê Ferreira, a Mestra de Maracatu Joana Cavalcante e a cientista social Joyce Paixão. De Alagoas, a professora indígena Idiane Crudzá, e de João Pessoa, a estilista e multiartista Dorot Ruanne. Cada episódio foi filmado nos espaços onde essas mulheres vivem e atuam. As locações, que incluem as próprias cidades e comunidades desas protagonistas, não são meros cenários, mas partes integrais das histórias, refletindo a íntima conexão que cada uma delas tem com o seu território.

    Olhar poético e transformador

    Além disso, a série incorpora elementos visuais das interações dessas mulheres com as águas doces e salgadas, um símbolo recorrente que permeia suas vidas e traduz a fluidez e a resiliência das experiências que compartilha. A presença das águas, que se faz presente em todos os episódios, simboliza a expansão de horizontes e a capacidade dessas mulheres de reconfigurar suas realidades e o cotidiano de suas comunidades. Não se limitando a transformar suas próprias vidas. Elas são mães, líderes e criadoras que, com suas sensibilidades e habilidades, promovem mudanças profundas ao seu redor, deixando um legado de transformação e cuidado.

    Plenitude

    Para além da lente da dor, rompendo estereótipos, vieram e tomam a tela os resultados dessa produção em que mulheres estão no centro da narrativa, como explica a produtora executiva, Monique Rocco, da Kilomba Produções. “Nossa missão como produtoras negras vai muito além de simplesmente contar histórias; trata-se de reivindicar e ocupar espaços, tanto na frente quanto por trás das câmeras, com pessoas pretas, especialmente mulheres. Cada escolha, desde as protagonistas até as locações e os menores detalhes, foi feita com o compromisso de garantir que essas narrativas sejam contadas em primeira pessoa, com a autenticidade e a beleza que só elas podem trazer. Há anos disputamos narrativas para construir um audiovisual que não apenas reflita quem somos, mas que celebre nossa subjetividade e rompa com as visões limitadoras que nos reduzem a guerreiras. Não queremos ser vistas apenas pela lente da dor; queremos ser reconhecidas em nossa plenitude, como potência, beleza e direito à dignidade e ao descanso”, ressalta ela.

    Afirmação

    Nathê – Créditos para Barretinho – DAFB

    “Trazer essas mulheres e seus territórios para as telas é mais do que uma escolha artística; é um ato político, de resistência, afirmação e reconhecimento. Sou mulher preta, mãe, produtora, e também me vejo nessas mulheres”, explica a Diretora de Produção, Erika Candido, da Kilomba Produções. Ela prossegue: “ Como realizadoras negras, reafirmamos a nossa presença, que não só ocupa, mas transforma o espaço. Cada decisão, desde a seleção das personagens até a construção da trilha sonora, foi tomada com o compromisso de garantir que essas narrativas sejam contadas por quem viveu e moldou essas realidades. Para nós, disputar narrativas é essencial, pois sabemos que a verdadeira representatividade só acontece quando estamos presentes em todas as etapas do processo.”

    Apoio e reconhecimento

    A série “Quem Ela Pensa que É?” só se tornou realidade graças ao apoio institucional da Open Society Foundations, que permitiu à Kilomba Produções desenvolver e produzir este projeto com a autonomia necessária para garantir a autenticidade e a profundidade das histórias contadas. Esse apoio é um reconhecimento da importância de iniciativas que impulsionam o protagonismo negro e feminino no audiovisual.

    Minibios e redes

    Essas são as mulheres que contam suas próprias histórias, que se  destacam pelas ações em prol do coletivo, mantendo suas individualidades marcantes, realizam projetos que beneficiam mais gente além delas mesmas:

    Idiane Crudzá (AL) – Povo Kariri-Xocó, professora. Cresceu em uma cidade ribeirinha e com o rio tem uma conexão, brincou nas águas, se nutriu dos peixes. Hoje planta sementes para um futuro, defendendo o território de seu povo e repassando o idioma para os mais novos, mantendo a tradição oral viva na comunidade. Instagram: @idianecrudza

    Natália Carvalho Ferreira, a Nathê (PE) – Colônia Z2 / Cidade de Paulista. Grafiteira e educadora social. Uma negra no mundo, transita por Recife se apropriando da cidade Através da arte, do ativismo, da educação, do hip hop, e da religiosidade, Nathê espalha sua magia sempre de forma coletiva. Ensina, aprende, produz para e com o outro.  Instagram: @natheferreira__

    Mestra Joana (PE) – Comunidade do Pina – Recife. Artista, educadora social, mãe, filha, mulher preta periférica. Os tambores de maracatu, a força da batida deles é de onde a Mestre Joana tira energia para curar a si mesma e aos que a cercam. Mãe é uma palavra que conhece bem, pois exerce a maternidade em diversos formatos. Herdou dos pais o terreiro e a batuta para reger o Encanto do Pina. Instagram: @mestrajoanacavalcante

    Joyce Paixão (PE) – Várzea – Pernambuco. Pedagoga, Coordenadora do Espaço Gris. Joyce é a soma de todos os amores. Mãe por escolha, uma mulher que tenta mudar a realidade social dos seus e do país. Cuida da comunidade sem paternalismo, é consciente dos problemas e está o tempo inteiro em busca de soluções. Instagram: @gris.solidario

    Dorot Ruanne (PB) – João Pessoa – Paraíba. A travesti do fim do mundo. Multiartista, produtora de moda, educadora social, é escritora da sua própria história. Encontrou na cultura ballroom a forma de se expressar e criar novas possibilidades. Instagram: @dorotiane

    Ficha técnica

    “QUEM ELA PENSA QUE É” – Série documental (2024)
    Patrocínio: Open Society
    Realização: Kilomba Produções e Arrudeia Filmes
    Direção: Natara Ney
    Produzido por: Erika Candido e Monique Rocco
    Produção Executiva: Monique Rocco
    Direção de Produção: Erika Candido
    Pesquisa e Roteiro: Jota Carmo
    Direção de Fotografia: Sylara Silvério, DAFB
    Trilha Sonora Original: Beà Ayòóla
    Motion Designer: Victor Scub
    Colorista: Marina Cotrim
    Produção: Gabriela Vieira
    Produção Local: Luanna Brennand, Tarcila de Oliveira e Amanda Lucia Guimaraes
    Diretor Financeiro: Davi Arloy<
    1º Assistente de Câmera / Logger: Barretinho, DAFB
    Imagens adicionais: July Batista, Lucas Jpeg  e Natara Ney
    Som direto: Guga S. Rocha<
    Transporte: Márcio Tarquínio<
    Montagem: Natara Ney
    Montadora Assistente: Nathalia Flor
    Edição de Som e Mixagem: Reurbana Estúdio, Luigi Tedesco e Ivo Costa
    Produção de Pós Produção: Gabriela Vieira e Janaína de Castro Alves
    Músicas executadas por: Beà Ayòóla
    Mixagem Músicas: Otto Siqueira
    Assessoria de Comunicação: Paó Comunicação

    Serviço

    “QUEM ELA PENSA QUE É” – Série documental (2024)
    Data/Hora: Estreia em 01 de agosto, às 19h
    (1 episódio por semana, são 5 episódios), reprise aos domingos, 19h
    Onde: Cultne TV (www.cultne.tv), Canal 2134 – Samsung TV Plus e Plataforma Pluto TV
    Co-produzida pela Kilomba Produções, Arrudeia Produções e Cultne – Redes Sociais:
    Kilomba: https://www.instagram.com/kilombaproducoes/
    Arrudeia: https://www.instagram.com/arrudeiaproducoes/
    Cultne: https://www.instagram.com/cultne/



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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