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quinta-feira, dezembro 11, 2025
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    MPMG lança guia para ajudar famílias a garantir que escolas cumpram a lei de prevenção à violência contra mulheres e meninas

    O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Educação (Caoeduc) e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAOVD), lançou um guia prático para orientar pais e responsáveis a cobrar das escolas o cumprimento da lei que exige ações de prevenção à violência contra a mulher.

    A Lei nº 14.164/2021 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996) e estabeleceu duas obrigações para todas as instituições públicas e privadas: a inclusão permanente do tema como conteúdo transversal e a realização anual, no mês de março, da Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher. Essa exigência está alinhada à Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006), que já previa a abordagem de direitos humanos, equidade de gênero e violência doméstica nos currículos escolares.

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    O material explica como garantir que o tema seja abordado no currículo escolar, envolvendo alunos, famílias e educadores.

    A urgência dessa pauta é reforçada por dados alarmantes: mais de 27 milhões de mulheres foram vítimas de violência em 2024, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. No mesmo ano, ocorreram 1.450 feminicídios, conforme o Ministério das Mulheres. E entre 2015 e 2024 foram registradas 591 mil ocorrências de estupro de mulheres, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Grande parte desses crimes acontece no ambiente doméstico, atingindo inclusive meninas e adolescentes, o que evidencia a necessidade de engajamento coletivo para desconstruir padrões abusivos desde a infância.

    “Os casos recentes de violência contra a mulher evidenciam a urgência de transformar a cultura que sustenta essas práticas. Essa mudança só é possível por meio da educação, que deve promover valores de respeito, igualdade e prevenção desde a infância, formando cidadãos conscientes e comprometidos com uma sociedade mais justa e segura para mulheres e meninas”, destaca a coordenadora do CAOVD, promotora de Justiça Denise Guerzoni.

    O guia orienta os responsáveis a dialogar com a escola, solicitar acesso ao Projeto Político-Pedagógico, participar das reuniões da comunidade escolar e, em caso de omissão, acionar órgãos como Secretarias de Educação, Conselhos de Educação e o próprio Ministério Público.

    A coordenadora do Caoeduc, promotora de Justiça Giselle Ribeiro, ressalta que “a pressão social e a fiscalização dos pais são essenciais para garantir que a educação contra a violência de gênero seja tratada como obrigação legal e não como opção”.

    Além do guia, o MPMG divulgou recentemente um roteiro voltado a promotores de Justiça, com orientações para inserir a temática da prevenção à violência contra a mulher na educação básica. A publicação pode ser acessada neste link.

    Acesse o guia.

    SourceMPMG


    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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