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quarta-feira, outubro 15, 2025
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    Campanha Alerta Lilás, do MPMG, ganha Grupo Sabin como novo parceiro na prevenção ao feminicídio

    A campanha “Alerta Lilás: a saúde da mulher como prevenção ao feminicídio”, do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), recebeu a adesão do Grupo Sabin, rede de saúde especializada em medicina diagnóstica. Em atividade há 41 anos no Brasil, a rede privada se junta a outros parceiros do sistema de saúde na iniciativa, que busca reconhecer postos de saúde, clínicas, hospitais e laboratórios como espaço estratégico para o enfrentamento à violência contra a mulher.

    O foco da campanha está na prevenção, com atuação por meio da informação, escuta atenta, e do fortalecimento da rede de apoio. A iniciativa tem dois eixos principais: o primeiro visa informar a população com materiais acessíveis sobre a Lei Maria da Penha, os tipos de violência (física, psicológica, sexual, moral, patrimonial), onde e como buscar ajuda, e como solicitar medidas protetivas. O segundo eixo da campanha concentra-se na capacitação de profissionais de saúde para que possam acolher, orientar e encaminhar as mulheres com uma abordagem sensível e com perspectiva de gênero. O objetivo é tornar o ambiente da saúde um espaço seguro, de confiança e acolhimento, onde cada profissional saiba como agir e cada mulher se sinta amparada para buscar ajuda.

    Do ponto de vista prático, a campanha consiste na veiculação de uma série de vídeos curtos, panfletos e cartazes em salas de espera e de atendimento de unidades de saúde públicas e privadas. A ideia é que uma vítima de agressões físicas em contexto de violência doméstica provavelmente terá de passar por estes locais para exames, consultas e tratamento de lesões. É neste momento que o MPMG pretende causar impacto, mobilizando a vítima para quebrar o silêncio e informar aos profissionais de saúde. Assim, médicos, enfermeiros e atendentes capacitados podem acionar a rede de proteção, atuando para romper o ciclo de violência por meio de medidas protetivas e informações úteis. As peças tem, ainda QR Codes com links para denunciar, para que a vítima possa agir com discrição sem levar materiais para casa.

    A coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica (CAO-VD), Denise Guerzoni, destacou que a entrada do Sabin na campanha abre espaço para a nacionalização da iniciativa, uma vez que o grupo tem forte presença na região Centro-Oeste e unidades em diversos estados como Bahia, São Paulo, Tocantins, Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul. “O grupo tem a capilaridade e alcance necessários para ampliar a difusão das informações da campanha. Isso fará a informação circular em território nacional”, disse Guerzoni. Apesar do foco da campanha estar em Minas, o Sabin espontaneamente se dispôs a fazer promover a iniciativa fora dos limites territoriais mineiros. A rede tem atuação em 15 estados, somando mais de 70 cidades.

    Campanha nacional
    A possibilidade de nacionalização da campanha também foi abordada na última quarta-feira, 8 de outubro, na 4ª Reunião do Grupo Nacional de Direitos Humanos do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG), em Maceió. Na ocasião, Guerzoni apresentou a iniciativa a membros de Ministérios Públicos de todo o Brasil, abrindo possibilidade de replicação em territórios diversificados. “A ampliação da campanha fará que com que ganhemos muito em termos de proteção às nossas meninas e mulheres”, comentou a promotora de Justiça.

    Essa abordagem reconhece que muitas mulheres não acessam diretamente o sistema de justiça ou segurança pública, mas frequentam os serviços de saúde. Estudos mostram que mudanças no comportamento de busca por atendimento, especialmente por questões de saúde mental e dores físicas recorrentes, podem ser sinais de alerta que antecedem episódios graves de violência. A campanha atua para que a equipe médica e o corpo técnico dessas instituições estejam preparados para identificar casos suspeitos, acolher a vítima e dar o devido encaminhamento.

    SourceMPMG


    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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