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segunda-feira, dezembro 23, 2024
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    Centro Especializado do DF garante tratamento e acolhimento para pessoas vivendo com HIV

    Depois de 19 anos convivendo com o HIV, Maria (nome fictício), de 38 anos, encontrou no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) um espaço de cuidado que transformou sua rotina. “Comecei o tratamento em Taguatinga, mas, quando resolvi ter filhos, me indicaram o Cedin. Aqui tenho acesso a consultas com médicos, psicólogos e dentistas, além de medicamentos, tudo de graça. Não é só um tratamento, é um ponto de apoio para mim”, conta.

    O Cedin, localizado na 508/509 Sul, é referência no Distrito Federal. O local oferece acompanhamento multidisciplinar com mais de 70 profissionais especializados, além de um centro de testagem e aconselhamento para diagnóstico rápido de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Hoje o HIV é considerado uma doença crônica. Com acompanhamento semestral e medicação diária, a maioria dos pacientes leva uma vida praticamente normal”, explica o gerente do Cedin, Leonardo Ramos.

    O Cedin oferece acompanhamento com mais de 70 profissionais especializados, além de um centro de testagem e aconselhamento para diagnóstico rápido de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

    Avanços no tratamento e prevenção

    As técnicas adotadas pelo Governo do Distrito Federal refletiram na redução dos casos de Aids na capital, com o coeficiente de detecção caindo de 10,0, em 2019, para 7,0, em 2023, por 100 mil habitantes. Mesmo com a queda nos números, o diagnóstico e tratamento precoces continuam sendo um desafio. “Muitos ainda têm medo de fazer o teste, mas quanto mais cedo o vírus é identificado, maior a chance de um tratamento eficaz”, destaca a infectologista Denise Arakaki.

    Os medicamentos para tratamento do HIV, como antirretrovirais, são fornecidos pelo Ministério da Saúde e distribuídos gratuitamente nas unidades de saúde. Para aumentar a prevenção, o Cedin também aposta na Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um medicamento que reduz significativamente a transmissão do HIV.

    Atualmente, 3 mil pessoas utilizam a PrEP no DF, distribuída gratuitamente pela Secretaria de Saúde (SES-DF). “Para quem foi diagnosticado, o protocolo inclui consultas seriadas, exames e acesso facilitado ao tratamento”, explica o gerente do Cedin, Leonardo Ramos. Além disso, a rede de saúde também disponibiliza a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), indicada para casos de risco recente.

    Para aumentar a prevenção, o Cedin aposta na Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), um medicamento que reduz significativamente a transmissão do HIV

    Um centro de acolhimento

    Mais do que um local de tratamento, o Cedin busca combater o estigma associado ao HIV. Para Maria, a acolhida fez toda a diferença. “Ainda enfrentamos preconceito, mas aqui somos respeitados. Aprendi que é possível levar uma vida normal com os cuidados necessários”, diz.

    “Aqui, lutamos pela não exclusão e pela inserção na sociedade. Tudo varia de acordo com o momento sociocultural, mas o nosso desejo é que, um dia, todas as pessoas com HIV possam revelar seu diagnóstico sem medo de sofrer represália”, defende a infectologista Denise Arakaki.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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