A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou, nesta terça-feira (2/9), a Linha de Cuidado à Pessoa Adulta com Sobrepeso e Obesidade na Rede de Atenção à Saúde do SUS-MG. O programa tem como objetivo qualificar o atendimento na Atenção Primária à Saúde em todos os municípios mineiros, garantindo atenção contínua, integral e de qualidade aos usuários.
O lançamento foi marcado pelo Seminário de Apresentação da Linha de Cuidado, realizado no auditório JK da Cidade Administrativa, que reuniu profissionais de saúde, gestores municipais e especialistas do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Com a linha em vigor, profissionais e gestores municipais serão capacitados, assegurando que a obesidade seja tratada de forma direta, e não apenas suas comorbidades, como diabetes e hipertensão. “Temos o compromisso de transformar esta linha em prática, fortalecendo a atenção primária para garantir acompanhamento próximo e encaminhamentos adequados à atenção especializada sempre que necessário”, afirmou a secretária adjunta da SES, Poliana Cardoso Lopes.
O que muda com a linha de cuidado
A obesidade é uma doença crônica, multifatorial e complexa, que exige uma rede estruturada para prevenção, promoção da saúde, incentivo à alimentação saudável e à atividade física, cuidado clínico especializado e, quando indicado, cirurgia bariátrica.
“Com essa linha, buscamos organizar o cuidado, definir atribuições de cada ponto de atenção, estabelecer critérios de encaminhamento e garantir atendimento integral e multiprofissional em toda a rede”, explicou Carolina Guimarães Marra Nascimento, coordenadora de Promoção da Alimentação Saudável e Atividade Física da SES-MG.
Entre as próximas ações estão a qualificação de profissionais, cursos EAD, construção de protocolos, reuniões técnicas com as regionais e modelo de monitoramento, estratégias que visam tirar a linha do papel e efetivar a atenção à população.
O seminário também trouxe palestras sobre determinantes sociais da obesidade, estigma, cuidados na atenção primária e especializada, e a importância do trabalho multiprofissional integrado na Rede de Atenção à Saúde.
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