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quarta-feira, janeiro 8, 2025
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    Profissionais de saúde de Minas Gerais têm à disposição teleconsultoria para atendimento mais resolutivo e eficiente

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    Carol Souza

    Minas Gerais avança na integração entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e a Atenção Especializada (AE) com o Programa de Teleconsultoria Clínica, que oferece orientações para o manejo de casos otimizando os serviços e reduzindo os encaminhamentos.

    Desde julho de 2024, 149 municípios já estão utilizando a teleconsultoria na rotina das Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O programa está sendo implementado em fases, com duração total de 12 meses.

    A primeira fase abrange oito macrorregiões, priorizadas por critérios epidemiológicos e sanitários: Centro, Jequitinhonha, Norte, Noroeste, Nordeste, Leste, Leste do Sul e Oeste.

    A incorporação das teleconsultorias ao fluxo de atendimento ambulatorial especializado no estado é coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e financiada pelo Ministério da Saúde.

    O programa é executado pelos Núcleos de Telessaúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo Hospital das Clínicas (HC) da UFMG e pela Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma).

    “Nosso grande esforço é sensibilizar os municípios da importância dessa tecnologia e seu uso, para que compreendam o quanto é vantajoso para o profissional que a utiliza e como isso retorna no cuidado com o usuário”, explica a diretora de Políticas de Atenção Primária em Saúde da SES-MG, Cristina Coelho.

    Integração

    As teleconsultorias são realizadas em plataformas virtuais, onde profissionais da Atenção Primária à Saúde podem enviar dúvidas clínicas para teleconsultores especializados. O prazo de resposta é de até 72 horas, com a possibilidade de envio de novas informações ou dúvidas após a resposta inicial.

    Antônio Guedes, médico dermatologista e teleconsultor pelo núcleo da UFMG e pelo HC, destaca que o recurso facilita tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

    “Quando há dúvidas na área de dermatologia, por exemplo, os profissionais encaminham fotos e informações detalhadas sobre o caso para o Núcleo de Teleconsultoria e eu respondo diretamente ao solicitante”, explica.

    Maria Clara Lima, médica da Atenção Primária à Saúde, que trabalha em Belo Horizonte, aprovou a iniciativa. “Poder discutir os casos com outro médico e tornar mais eficiente o encaminhamento dos pacientes qualifica não só a resolução dos casos, mas também o meu trabalho”, ressalta.

    A enfermeira Izabela Figueiredo, que atua na Estratégia Saúde da Família (ESF) no município de Alvinópolis, aderiu à teleconsultoria desde setembro.

    “Por meio do programa, consigo aprimorar o cuidado, pautada em orientações de médicos especializados. O recurso facilita o acesso a especialistas, impactando até na redução do deslocamento dos pacientes para outras cidades”, destaca.

    Também médica da APS, em Salinas, Josiane Baleeiro, conta sua experiência com o programa.

    “Encaminhei o caso de um paciente idoso, com diabetes e hipertensão arterial, apresentando proteinúria significativa, com exames laboratoriais e de imagem alterados. O caso foi enviado, analisado e discutido com a equipe especializada, e conduzido de forma satisfatória aqui na atenção primária à saúde”, detalha.

    “É uma ferramenta importante que acelera o atendimento do paciente da saúde pública, aumentando a resolubilidade da atenção básica e a otimização do compartilhamento do cuidado”, analisa a médica.

    Avaliação

    Segundo o primeiro monitoramento quadrimestral do Programa de Teleconsultoria Clínica, realizado em setembro, o manejo clínico foi resolvido na própria APS em 86,81% dos casos, evitando encaminhamentos para a AE e qualificando o atendimento ao usuário.

    No período entre julho e setembro, foram realizadas 517 teleconsultorias em 24 municípios, com uma média de satisfação de 4,91 (em uma escala de cinco) entre os profissionais que utilizaram o recurso.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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