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terça-feira, agosto 5, 2025
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    MPMG e Governo de Minas lançam campanha de combate à violência contra a mulher

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    Lançada nesta segunda-feira, 4 de agosto, a campanha “A violência que os olhos não veem” busca fortalecer a política pública de enfrentamento à violência contra a mulher no estado, conscientizando a população sobre as diversas formas de violência, especialmente aquelas pouco percebidas. A iniciativa foi idealizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) do Governo de Minas, por meio da Subsecretaria de Políticas para Mulheres (SubPDM). A cerimônia aconteceu no Palácio das Artes, com diversas autoridades do sistema de Justiça e Segurança Pública.

    A campanha engloba vídeos para redes sociais, cartazes, folders e cartilhas. O material será encaminhado para organizações da sociedade civil e instituições do sistema de Justiça e Segurança Pública. A ideia é reforçar a mensagem de que “nem toda violência deixa marcas visíveis, mas toda violência machuca”. O foco é direcionado para as violências psicológica, moral, patrimonial e sexual. Essas formas de agressão, muitas vezes ignoradas ou não reconhecidas pela sociedade, causam danos profundos às vítimas.

    Acesse aqui os vídeos da campanha

    Em um dos vídeos para redes sociais, em tom de denúncia, uma influenciadora digital simula dicas sobre como a mulher poderia ocultar abusos físicos, psicológicos e patrimoniais em relações íntimas, tendo como exemplos situações em que o agressor vasculha contas bancárias da vítima, inutiliza cartões de crédito pagos por ela ou parte para agressão física. Ao final da gravação, em uma virada na história, a “influencer fake” provoca uma reflexão sobre a importância de interromper o silêncio em casos desse tipo — contrariando, portanto, as dicas inconvenientes que ela mesmo havia dado.

    Acesse aqui os vídeos da campanha

    Outra peça da campanha é um vídeo inusitado em que uma mulher apresenta uma receita de patê de atum. Enquanto a apresentadora mistura cenoura, maionese e atum, na legenda o que se lê são instruções sobre como acionar o sistema de Justiça e segurança pública caso a mulher enfrente situações de violência doméstica. A ideia é permitir que a vítima possa assistir ao vídeo sem que um agressor íntimo perceba que se trate de um material sobre denúncia.

    Acesse aqui outras peças da campanha

    Encorajar denúncias

    Em seu discurso no lançamento da campanha, a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica (CAO-VD), Denise Guerzoni, ressaltou a necessidade de conscientizar vítimas e familiares sobre agressões invisibilizadas no cotidiano. “Quando se pensou na violência psicológica como carro chefe da campanha, o sentido é encorajar as vítimas que estão sob humilhação, ridicularização ou isolamento. Esse tipo de comportamento do agressor é a antessala de um feminicídio consumado lá na frente”, explicou.

    Em entrevista à imprensa, a subsecretária de políticas para as mulheres do Governo de Minas, Joana Coelho, reforçou a importância da denúncia para que as mulheres tenham acesso a medidas protetivas. “Através do site Emergência MG, a mulher vítima de violência consegue fazer a denúncia imediatamente. A ideia dessa campanha é justamente encorajar a denunciar, a falar a respeito, a contar para uma amiga próxima”, exemplificou.

    De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), em 2024, Minas Gerais registrou 153 mil casos de violência doméstica e familiar contra mulheres, uma média de 420 ocorrências por dia. No mesmo ano, 161 mulheres foram vítimas de feminicídio, enquanto 248 sobreviveram a tentativas. Apesar da queda de 14% nos feminicídios registrados em relação a 2023, o aumento de 48% nas tentativas evidencia a urgência em intensificar as estratégias de prevenção, como as medidas protetivas.

    Além dos canais de atendimento essenciais como o Disque 181 e o Disque 127, a campanha “A violência que os olhos não veem”, inclui os Centros de Referência de Atendimento à Mulher (Cream), de Assistência Social (Cras) e de Atendimento Especializado (Creas). A campanha também pretende alcançar mulheres que utilizam os serviços públicos de saúde e profissionais dessas áreas. Os cartazes serão distribuídos para os municípios interessados e todas as promotorias de Justiça ao longo do segundo semestre.

     

    SourceMPMG


    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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