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segunda-feira, maio 20, 2024
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    DF cria plano de ação contra a poliomielite

    A rede pública de saúde do Distrito Federal já tem seus próprios planos de mitigação e contenção da poliomielite. O documento que pauta as ações de combate ao vírus e a coleta de dados para a prevenção da doença foi apresentado nesta segunda-feira (24), em evento realizado no Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A intensificação da imunização é o principal pilar da proposta.

    50,6%
    Percentual de crianças de 1 a 5 anos incompletos que foram vacinadas contra a pólio no DF. A meta de imunizar um mínimo de 95% da população alvo não é alcançada desde 2017

    A criação dos planos foi uma exigência do ministro da Saúde feita a todos os estados, diante do alto risco de reinserção da pólio no Brasil. Ainda que o DF não tenha detectado nenhum caso desde 1987, a região tem grandes chances de presenciar a volta da doença causadora da paralisia infantil. A possibilidade de reintrodução está na casa dos 80% – o objetivo é reduzir a probabilidade para cerca de 20%.

    O plano de mitigação reforça o papel da imunização como principal aliado no combate à pólio. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite de 2022 teve início em 8 de agosto. O término, inicialmente previsto para 9 de setembro, precisou ser prorrogado duas vezes por conta da baixa cobertura vacinal: primeiro para 30 de setembro e, depois, para 28 de outubro.

    Até o momento, o DF aplicou 81.110 doses da vacina oral, o que representa 50,6% das crianças de 1 a 5 anos incompletos. A meta de vacinar um mínimo de 95% da população alvo não é alcançada desde 2017. “A baixa cobertura deve ser encarada como um problema grave a ser combatido”, observa a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “O Brasil é um exemplo para o mundo na vacinação. Não podemos perder essa vanguarda.”

    O imunizante está disponível em todas as regiões de saúde do DF. São 118 salas de vacinação – os locais que podem ser consultados no site da Secretaria de Saúde. “É factível batermos a meta de vacinação no DF, temos toda a estrutura necessária para isso”, garante Lucilene. “Mas precisamos do comprometimento de todos para que a população se vacine.”

    Busca ativa dos faltosos, interação com líderes comunitários e visitas às escolas estão entre as ações que devem alavancar os índices de imunização. De acordo com a responsável técnica da vigilância da poliomielite da Secretaria de Saúde, Joana Castro, o plano de mitigação também prevê a realização de um diagnóstico situacional das salas de vacinação. “Vamos garantir que o imunizante siga ao alcance de toda a comunidade”, conta.

    Caso o plano de mitigação não surta o resultado esperado, o plano de contenção entra em ação. “O documento apresenta estratégias para contenção de surto”, explica Joana. “A poliomielite é transmissível. Então, se identificarmos alguma vítima, precisaremos tomar algumas medidas para evitar que a doença se alastre.”

    Representante do governo federal, o médico epidemiologista Gerson Fernando Pereira reforçou o compromisso do Ministério da Saúde de apoiar todas as unidades federativas no combate à pólio. “Passados pouco mais de 30 anos desde o último caso da doença no Brasil, a população parece ter esquecido que ela existe”, lamenta Gerson, que é diretor do Departamento de Doenças Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis.

    Além da divulgação dos planos de mitigação e contenção, o evento também premiou a região central de saúde pelos esforços no combate à pólio. A área engloba Asa Sul, Asa Norte, Lago Sul, Lago Norte, Varjão, Vila Planalto e Cruzeiro.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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