A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec-MG) reconheceu, nesta quarta-feira (4/1), mais quatro cidades em situação de emergência causada pelas fortes chuvas que afetam o estado. Agora, são 124 municípios. Aricanduva, Itaobim e Palmópolis, no Vale do Jequitinhonha, e Nova Era, na região Central, entraram na lista nesta quarta-feira.
Desde o início do período chuvoso, em 21 de setembro do ano passado, a Defesa Civil registrou 14 mortes. Já o número de desabrigados se manteve em 1.604 na comparação com o boletim anterior. Os desalojados também continuam em 7.463.
Para ajudar os necessitados, a Defesa Civil já distribuiu 4.195 cestas básicas, 1.071 colchões, 1.159 kits dormitório, 1.996 kits higiene e 3.798 itens como água mineral, água sanitária, álcool, lonas e fraldas.
Alerta
A Defesa Civil alerta a população para a possibilidade de chuvas fortes até a próxima segunda-feira (9/1) nas áreas a Centro-Sul e Oeste de Minas Gerais, com um volume pluviométrico acima de 100 milímetros. Os maiores volumes são esperados para as regiões Sul, Campo das Vertentes, Zona da Mata, Triângulo Mineiro, Noroeste, metropolitana de Belo Horizonte e Central.
A Defesa Civil pede que a população fique atenta a sinais que antecedem deslizamentos de terra como rachaduras nas paredes, portas e janelas emperradas, árvores e postes inclinados.
Para receber os alertas meteorológicos da Defesa Civil, basta se cadastrar enviando uma mensagem de texto (SMS), com o CEP, para o número 40199.
Investimento
O Governo do Estado fez, em 2022, o maior investimento em Defesa Civil da história de Minas Gerais.
Foram adquiridos e distribuídos 497 kits, que custam R$ 163,4 mil cada, contendo uma viatura 4×4, um notebook, uma trena digital e coletes reflexivos. A ação busca estruturar os municípios e garantir melhor atendimento em situações de emergência, como inundações e outras situações adversas.
O investimento é fruto do Acordo Judicial, assinado em abril de 2020, que busca reparar danos decorrentes do rompimento das barragens da Vale S.A., em Brumadinho. A tragédia tirou a vida de 272 pessoas e gerou impactos sociais, ambientais e econômicos na bacia do Rio Paraopeba e em todo o estado de Minas Gerais.