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    Secretaria de Saúde publica diretrizes e fluxos para atendimento às pessoas com transtorno do espectro autista

    A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) publicou, nesta quinta-feira (31/8), nota técnica com diretrizes e fluxo para atendimento das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) nas Redes de Atenção à Saúde do estado. A iniciativa visa qualificar o acesso e o atendimento às pessoas com TEA no Sistema Único de Saúde (SUS) e promover sua vinculação e de suas famílias aos pontos de atenção.

    Alba com Heitor, diagnosticado com TEA / Arquivo Pessoal

    Em todo o estado, o atendimento às pessoas com TEA deverá ser organizado e articulado nos três níveis de atenção: Atenção Primária à Saúde (APS), Atenção Especializada e Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência, de acordo com as competências de cada ente, e prestado nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS), no Centro Especializado em Reabilitação (CER) com modalidade de reabilitação intelectual ou Serviço Especializado em Reabilitação da Deficiência Intelectual e Autismo (Sserdi), nos serviços dispostos na Rede de Atenção Psicossocial de Minas Gerais (RAPS/MG) e nos Pontos de Atenção da Assistência Farmacêutica.

    Segundo a diretora de Políticas Estratégicas da SES-MG, Gabriela Cintra Januário, as diretrizes se pautam na promoção da equidade e inclusão e combate aos estigmas e preconceitos contra as pessoas com TEA. “Estamos trabalhando para que Minas Gerais ofereça uma atenção cada vez mais humanizada e centrada nas necessidades das pessoas com transtorno do espectro autista, garantindo o acesso e a qualidade dos serviços e ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional a esse público”, destaca.

    De acordo com a diretora, a Rede de Atenção à Saúde na assistência à pessoa com TEA também tem o objetivo de desenvolver ações para identificação precoce de crianças com o transtorno, promover mecanismos de formação permanente para profissionais de saúde em todo o estado e construir indicadores capazes de monitorar e avaliar a qualidade dos serviços e a resolutividade da atenção à saúde.

    A artesã Alba Valéria Edward Alves Cutrim, de 62 anos, é mãe de Heitor, 33, Samuel, 31 e Gabriel, 22. Heitor foi diagnosticado com TEA ainda criança, e Gabriel, com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Já para Samuel, ela ainda busca o diagnóstico. “O diagnóstico tardio é muito mais difícil e nos faltam informação e encaminhamento, principalmente para o paciente adulto. Há uma lacuna muito grande nesse aspecto. Por isso, integrar essa rede e capacitar os profissionais das Unidades Básicas de Saúde vai ser essencial para quem precisa do atendimento e acompanhamento”, ressalta.

    “Outra pergunta que nós, pais e responsáveis por pessoas com transtorno do espectro autista, sempre fazemos é: quem cuida de quem cuida? Porque nossos filhos demandam um cuidado muito grande, integral, e nós também precisamos do apoio e acompanhamento à nossa saúde. Então o acolhimento a toda a família é fundamental”, salienta ela.

    Renata Vaz, da Coordenação de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência, explica como funciona essa integração em rede do serviço à pessoa com transtorno do espectro autista. “Todo o atendimento tem início nas Unidades Básicas de Saúde, que estão presentes em todos os municípios do estado. É nessa unidade de atenção primária que o paciente poderá ser encaminhado para a Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência, que conta com equipes multiprofissionais, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Mesmo que o município de origem não possua o serviço, o usuário deverá ser atendido no âmbito microrregional”, afirma.

    A técnica destaca ainda que Minas Gerais conta com o Programa de Intervenção Precoce Avançado (Pipa). “No estado, toda a criança que, ao nascer, apresenta alguma potencialidade de desenvolver atraso em relação ao seu desenvolvimento intelectual já é identificada pelo Pipa e encaminhada para o acompanhamento dos serviços de deficiência intelectual”, informa.

    Atuação no Estado

    Compete à SES-MG coordenar, monitorar e avaliar a implementação da Rede de Atenção em Saúde no estado, em especial a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e a Rede de Atenção Psicossocial; estabelecer os fluxos de referência entre os pontos de atenção para atendimento das pessoas com transtorno do espectro autista; e apoiar os municípios no processo de implementação das redes de atenção, no desenvolvimento das atividades e na adoção de mecanismos destinados ao controle, avaliação e acompanhamento do processo, além de participar do financiamento da assistência às pessoas com TEA, juntamente com o Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde.

    Já às Secretarias Municipais de Saúde, cabem promover o acesso à assistência à saúde, de forma qualificada e oportuna, considerando as especificidades e necessidades de saúde das pessoas com transtorno do espectro autista; coordenar, monitorar e avaliar a implementação da assistência à saúde desse público no âmbito municipal; e incentivar a Atenção Primária à Saúde como coordenadora do cuidado da atenção integral à saúde das pessoas com TEA.

    Ana Paula Oliveira
    Ana Paula Oliveirahttp://www.diariodebonfinopolis.com.br
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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