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sábado, dezembro 7, 2024
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    Sai Pobreza! Projeto de Juiz do TJDFT entrega material escolar a crianças carentes

    Juiz Aragonê Fernandes segurando duas mochilasNeste mês de fevereiro, quando serão retomadas as aulas da rede pública de ensino, cerca de 3,2 mil crianças carentes do Distrito Federal serão contempladas com mochilas, estojos e material escolar, doados pelo projeto social “Sai Pobreza”, idealizado e coordenado pelo Juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Aragonê Fernandes. O projeto tem como objetivo levar dignidade a crianças carentes, com entrega de material de qualidade, para que possam ter gosto pelos estudos.

    Ao todo, serão quase 20 escolas atendidas, das regiões de Ceilândia, Sol Nascente, Assentamento 26 de Setembro, Zona Rural de Brazlândia e Paranoá. As entregas serão realizadas pela equipe do Projeto Sai Pobreza, que percorrerá as escolas contempladas nos dias 26 e 27 de fevereiro.

    Para 2024, a meta de crianças contempladas foi quase dobrada. Ao todo, 3,2 mil famílias serão beneficiadas pelo projeto.

    Sai Pobreza!

    Cada aluno é criteriosamente selecionado junto aos gestores da unidade escolar. Há um filtro para que seja atendido quem realmente precisa.

    Eles recebem uma mochila contendo um estojo e kit escolar de primeira linha, com todo o material da lista escolar para o ano inteiro.

    Para saber exatamente o que é preciso para atender bem as crianças, o magistrado conta com o apoio de uma professora da Educação Infantil da Secretaria de Estado de Educação do DF (SEE-DF).

    Como tudo começou

    O Sai Pobreza surgiu a partir de um canal do YouTube criado pelo Juiz Aragonê, em 2019, com o intuito de orientar, tirar as dúvidas e ajudar especialmente aqueles que estudam para concursos. Com um alcance de quase 211 mil inscritos e já superadas 7 milhões de visualizações, o magistrado resolveu canalizar a atenção deste público para a conversão em ajuda a quem precisa. A escolha da doação de material escolar a crianças carentes diz respeito à comunicação mais incisiva com o público que busca mudar de vida por meio da educação.

    Em 2020, o Juiz começou a distribuir kits escolares, atendendo pouco mais de 100 crianças, com recursos próprios. Durante a pandemia, a atenção foi voltada à distribuição de cestas básicas. A partir de 2022, voltaram as doações de materiais escolares, com a meta de atender 1 mil crianças.

    Nos últimos dois anos, parte dos recursos do Projeto foi arrecadada com a venda de produtos da Lojinha Sai Pobreza, onde eram comercializadas canecas, copos, squeezes, camisetas e mini agendas, revertendo todo o lucro obtido para o projeto. Porém, a lojinha teve de ser desativada, então, foram criadas outras formas de arrecadação dos valores necessários. Para se ter uma ideia, contemplar cada criança custa pouco mais de R$ 100.

    Cabe ressaltar que o Projeto Sai Pobreza não conta com verbas de entidades públicas ou privadas.

    Origem humilde

    O Juiz Aragonê Fernandes conta que sua origem é muito humilde. “Fui criado em Ceilândia, região de periferia de Brasília. Sei o quanto o estudo transformou a minha vida e, por isso, quero levar essa mesma transformação (um milagre, nas palavras de minha mãe) à vida de tantas outras crianças em situação de vulnerabilidade”, destaca.

    “Sabemos que a maior parte dos brasileiros está vivendo um momento econômico muito delicado e que a compra de material escolar significa um peso grande especialmente no começo do ano. Então, fazer a nossa parte é essencial”, afirma o Juiz do TJDFT.

    Como ajudar

    Neste ano, o Sai Pobreza conta com o apoio do Projeto Estojos do Bem, capitaneado por uma servidora do MPDFT, que forneceu 1.500 estojos, numa iniciativa que surgiu como hobbie.

    Além disso, toda ajuda é muito bem-vinda! O custo unitário para atender cada criança é de pouco mais de R$ 100, mas o projeto aceita doações de qualquer valor. O PIX usa o CNPJ como chave: 41416656000177 (em nome de Transforma Cursos LTDA).

    Vale destacar que, embora as entregas aconteçam no mês de fevereiro, durante todo o ano as doações são necessárias, já que o projeto conta com empreendedoras locais confeccionando as mochilas e estojos e o pagamento é realizado mensalmente. Além disso, também são adquiridos material de papelaria durante o período de promoções de março a junho, o que demanda um grande volume de dinheiro.

    Quem puder e quiser participar, basta visitar o site https://saipobreza.com.br/ e ver uma das formas de colaboração, sendo que algumas inclusive são gratuitas.



    Sobre Ana Paula Oliveira
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas.
    Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida..

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