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terça-feira, abril 30, 2024
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    Saúde estadual orienta profissionais para melhorar a assistência a mineiros com dengue, chikungunya e zika

    A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promove, de terça a quinta-feira (30, 31/1 e 1/2), a qualificação de profissionais de saúde e gestores da Macrorregião Centro no manejo clínico das arboviroses. O objetivo é alertar sobre o cenário epidemiológico da dengue, chikungunya e zika, qualificando o atendimento dos pacientes para evitar casos graves e óbitos. Além disso, a programação aborda os Plano Municipais de Contingência e a importância dos exames laboratoriais para subsidiar o diagnóstico e das notificações dos casos suspeitos.

    De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi, Minas já estava com alto número de notificações e uma curva epidemiológica preocupante no final de 2023, muito acima do esperado. Em janeiro de 2024, o número de casos aumentou expressivamente.

    “As notificações de arboviroses no estado aumentaram de forma bastante significativa nas últimas semanas e, por isso, intensificamos a atuação nos territórios, auxiliando os municípios em diversas frentes, da prevenção ao manejo clínico dos pacientes com sintomas de dengue e chikungunya, principalmente”, explica Prosdocimi, que detalha a importância da atuação localizada da SES-MG na orientação e no acompanhamento. “Precisamos prestar uma assistência oportuna e eficiente porque um paciente com arbovirose, se tratado de forma adequada e em tempo hábil, não evolui para óbito”, declara.

    Na abertura do primeiro dia da programação, o subsecretário alertou os gestores sobre a necessidade de, diante da situação epidemiológica preocupante, efetivar o plano de contingência nos territórios. “Precisamos ser muito resilientes porque as arboviroses demandam muito empenho de toda a equipe de saúde, desde gestores às equipes de epidemiologia e de assistência”.

    O cenário é desafiador tanto no estado quanto no país, observa Camila Ribeiro, epidemiologista da Coordenação Nacional de Arboviroses do Ministério da Saúde. E, neste contexto, a estratégia mais eficaz é o atendimento e o manejo clínico adequados, integrados aos dados epidemiológicos corretos.

    “As análises do cenário mostram que é o momento ideal para capacitar os profissionais. Por isso, essa ação do estado é muito importante. É necessário fortalecer a integração entre epidemiologia e assistência, para diminuir casos graves e óbitos”, afirma a epidemiologista.

    Cenário epidemiológico

    A Coordenadora Estadual de Vigilância das Arboviroses e Controle Vetorial, Danielle Capistrano, ressaltou que o cenário epidemiológico das arboviroses no estado exige o envolvimento de todos os profissionais de saúde que atuam na rede e também dos cidadãos. “Temos muito trabalho a fazer para enfrentar o cenário epidêmico neste momento no estado e, especificamente, na região central. Atualmente, cerca de 34% dos casos são concentrados na Macrorregião Centro e por isso começamos a capacitação por aqui, para organizar rapidamente a assistência na região”, esclarece Capistrano.

    Minas Gerais registrou 64.724 casos prováveis de dengue até o dia 29/1. Desse total, 23.389 casos foram confirmados para a doença. Até o momento, há um óbito confirmado por dengue no estado e outras 35 mortes estão em investigação.

    Em relação à febre chikungunya, foram registrados 8.682 casos prováveis da doença, dos quais 6.206 foram confirmados. Até o momento, um óbito foi confirmado por chikungunya em Minas Gerais e dois estão em investigação.

    Quanto ao vírus zika, até o momento, foram registrados oito casos prováveis e um confirmado. Não há óbitos em investigação por zika em Minas Gerais.

    Atuação clínica

    O acolhimento inicial e a classificação de risco dos pacientes são essenciais para evitar a sobrecarga da rede assistencial, sobretudo casos graves e mortes, segundo Maurício Leão de Rezende, médico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas). “O acolhimento ao paciente é o principal passo e as unidades de saúde devem estar de portas abertas para o atendimento, tendo como prioridade atender os casos e, diante da necessidade, abrir salas para hidratação”, explica.

    E é justamente a urgência dessa hidratação que ressalta a pediatra Daniela Caldas, também do Cievs-Minas. “A hidratação deve começar imediatamente, não podemos esperar que o paciente apresente sinais de alarme”.

    Notificações

    A coordenadora Danielle Capistrano também faz um alerta aos profissionais sobre a importância das notificações dos casos para mensurar o cenário e poder subsidiar a tomada de decisão dos gestores municipais e estaduais. Ela alega que “as notificações fornecem informações adequadas de quais as regiões estão precisando de mais recursos e de uma atuação mais efetiva do estado, permitindo definir prioridades da assistência e da atuação dos agentes de endemias”.

    “Com os dados em mãos, podemos, por exemplo, tomar medidas como deslocamento de equipes e ações de controle dos vetores”, conclui Capistrano.

    Os dados de incidência de dengue, zika e chikungunya em Minas Gerais estão disponíveis para consulta tanto dos gestores como dos cidadãos no Painel Arboviroses – Vigilância Epidemiológica: www.saude.mg.gov.br/aedes/painel.

    Nele, é possível filtrar o número de casos por ano, semana epidemiológica, Macrorregião de Saúde, Microrregião de Saúde, Unidade Regional de Saúde e município. Durante o período sazonal, o painel é atualizado às segundas e quintas-feiras.

    Ana Paula Oliveira
    Ana Paula Oliveirahttp://www.diariodebonfinopolis.com.br
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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