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domingo, abril 28, 2024
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    Sotaque x Regionalismo – qual a diferença?

    Por Ana Paula Oliveira

    Muitos podem confundir sotaque com regionalismo, afinal ambos possuem características únicas de determinadas regiões, no Brasil e fora dele. Por sua ampla abrangência geográfica, os brasileiros têm o privilégio de experimentar em um só país, uma grande variação de regionalismos e sotaques.

    De norte a sul, de leste a oeste, as populações têm características marcantes, seja na fala seja no comportamento, que são capazes de revelar suas origens a um desconhecido.

    As peculiaridades não se resumem a um estado: dentro de cada um dos 27 estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, há diferentes formas de pronúncias das palavras, expressões e costumes específicos, tornando quase impossível esmiuçar e vivenciar todos os regionalismos e sotaques existentes no país. Com isso, o regionalismo e o sotaque das capitais de cada estado são os mais reconhecidos nacionalmente.

    Neste artigo, vamos mostrar a diferença entre os conceitos de sotaque e regionalismo. Confira!

    Sotaque

    Sotaque é a pronúncia própria de cada indivíduo em determinada região ou nação no mundo. Ele é caracterizado pela influência de aspectos linguísticos da sua língua nativa.

    No sotaque contido na fala do indivíduo, é possível perceber a identidade cultural de forma leve e descontraída. Em alguns casos, antes mesmo da apresentação formal, esse elemento promove uma aproximação entres diferentes culturas.

    Regionalismo

    Regionalismo consiste no emprego de palavras ou expressões peculiares a determinadas regiões. O dicionário define o termo como característica daquilo que é particular e próprio de determinada região; qualidade do que expressa costumes, culinária, cultura e tradições regionais.

    Diversidade cultural

    A amplitude geográfica do Brasil criou ao longo da história uma grande diversidade de identidades regionais, tornando, assim, a língua brasileira rica, variada e com diferentes vocais.

    Embora nos últimos anos a diversidade cultural tenha ganhado espaço, nem sempre foi assim. Tempos atrás, principalmente em ambientes profissionais ninguém se acanhava ao pedir que os sotaques e regionalismos fossem evitados. Exemplo disso é o próprio jornalismo.

    Os telejornais de cadeia nacional não aceitavam as características linguísticas dos repórteres, exigindo uma pronúncia homogênea em busca do português sem sotaques.

    É o caso, por exemplo, da Rede Globo, que em 1985 produziu o “Manual de Telejornalismo”. No capítulo “Alguns conselhos para a pronúncia brasileira das palavras”, o documento trazia dicas de pronúncia aos repórteres, como forma de suprimir sotaques.

    Felizmente os tempos são outros. Além do orgulho da própria cultura, alguns buscam se aprofundar em outras tribos e até mesmo adotar novos costumes.

    Nascido em Pernambuco, o humorista Paulo Araújo vive em Divinópolis, no interior de Minas Gerais há mais de 10 anos e comenta sobre as diferenças de cultura entre as duas regiões por meio do seu canal no Youtube Tomate Cru. O stand up conta as descobertas e adaptações do pernambucano na cultura mineira e provoca gargalhadas do público em qualquer canto do Brasil.

    Os brasileiros também identificam, quase que instantaneamente, os sotaques carioca, gaúcho e dos nordestinos em geral, além dos dialetos cuiabanos, que têm peculiaridades marcantes.

    A Capital do país, Brasília, ainda é bem jovem, 62 anos, mas já possui fenômenos linguísticos, gírias bem característicos. há quem identifique um véi aqui, um busão alí. Boto fé, cabuloso. BSB também é reconhecida pelo rock de Legião Urbana por receber abrigar todas as culturas brasileiras de braços abertos. Muitos consideram Brasília uma verdadeira mãe, por sua característica anfitriã desde a construção.

    Ana Paula Oliveira
    Ana Paula Oliveirahttp://www.diariodebonfinopolis.com.br
    Jornalista formada em Brasília tendo a Capital Federal como principal cenário de atuação nos segmentos de revista, internet, jornalismo impresso e assessoria de imprensa. Infraero, Engenho Comunicação, Portal Fato Online e Câmara em Pauta, Revista BNC, Assessoria de Comunicação do Sesc-DF, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Rádio Nacional da Amazônia e Jornal GuaráHOJE/Cidades são algumas das empresas nas quais teve a oportunidade de trabalhar com alguns dos renomados nomes do jornalismo no Brasil, e não perdeu nenhuma chance de aprender com esses profissionais. Na televisão, atuou na TV local de Patos de Minas em 2017, além de experiências acadêmicas. Ana Paula Oliveira nasceu em Bonfinópolis de Minas e foi morar em Brasília aos 14 anos e retorna à cidade natal em 2018. Durante os 20 anos em que passou na capital, a bonfinopolitana não desperdiçou as chances de crescer como pessoa e também como profissional, com garra e determinação. Além disso, conquistou algo não menos fundamental na sua caminhada: amigos. Isso mesmo. Para a jornalista não ter verdadeiros amigos significa ter uma vida vazia. E, com certeza, esse é um dos seus objetivos, fazer novos amigos nessa nova jornada da vida.

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